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Foco
Com preços estáveis dos alimentos, consumidores dizem ter mesa mais farta
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
A desaceleração no aumento
de preços tem influenciado no
dia-a-dia dos consumidores,
com carrinhos um pouco mais
fartos no mercado e maior
quantidade de reformas dentro de casa. Segundo o IBGE, a
inflação do grupo alimentação
ficou abaixo dos 3,14% registrados pelo IPCA: 1,22% em
2006, contra 1,43% em 2005.
Aos 36 anos, a manicure Lucicleide Nascimento, mãe de
três filhos e avó de quatro netos, diz que a alimentação não
pesou tanto no orçamento.
"No ano passado a comida não
ficou tão cara assim, mas desde
o início deste ano já aumentou
tudo, frutas, verduras", afirma
a paraibana, que vai ao mercado uma vez por mês e à feira do
bairro toda semana.
Lucicleide aproveitou ainda
o preço dos materiais de construção para reformar o apartamento de dois dormitórios no
Butantã: colocou piso de cerâmica e trocou os azulejos ao
longo de 2006. "O cimento ficou em conta, mas os pisos
continuam variando. Tem que
pesquisar bastante."
Já a cozinheira Maria das
Mercês Alves, 42, diz ser exímia conhecedora de mercados
e de preços: faz compras diariamente para o restaurante
onde trabalha e, uma vez por
semana, abastece a própria geladeira. "Não deu para economizar com a alimentação, mas
deu para comer melhor. No
ano passado, comprei mais
carne, enlatados, azeite."
Moradora de Itaquera (zona
leste), ela notou ainda queda
no gasto com eletricidade. "A
conta de luz veio menor, mas a
da água, não." A percepção de
Maria tem respaldo nos números: pelo IPCA, a energia subiu
só 0,28% em 2006, ante 8,03%
em 2005.
(MARCELA CAMPOS)
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