São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2007

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Foco

Com preços estáveis dos alimentos, consumidores dizem ter mesa mais farta

COLABORAÇÃO PARA FOLHA

A desaceleração no aumento de preços tem influenciado no dia-a-dia dos consumidores, com carrinhos um pouco mais fartos no mercado e maior quantidade de reformas dentro de casa. Segundo o IBGE, a inflação do grupo alimentação ficou abaixo dos 3,14% registrados pelo IPCA: 1,22% em 2006, contra 1,43% em 2005.
Aos 36 anos, a manicure Lucicleide Nascimento, mãe de três filhos e avó de quatro netos, diz que a alimentação não pesou tanto no orçamento. "No ano passado a comida não ficou tão cara assim, mas desde o início deste ano já aumentou tudo, frutas, verduras", afirma a paraibana, que vai ao mercado uma vez por mês e à feira do bairro toda semana.
Lucicleide aproveitou ainda o preço dos materiais de construção para reformar o apartamento de dois dormitórios no Butantã: colocou piso de cerâmica e trocou os azulejos ao longo de 2006. "O cimento ficou em conta, mas os pisos continuam variando. Tem que pesquisar bastante."
Já a cozinheira Maria das Mercês Alves, 42, diz ser exímia conhecedora de mercados e de preços: faz compras diariamente para o restaurante onde trabalha e, uma vez por semana, abastece a própria geladeira. "Não deu para economizar com a alimentação, mas deu para comer melhor. No ano passado, comprei mais carne, enlatados, azeite."
Moradora de Itaquera (zona leste), ela notou ainda queda no gasto com eletricidade. "A conta de luz veio menor, mas a da água, não." A percepção de Maria tem respaldo nos números: pelo IPCA, a energia subiu só 0,28% em 2006, ante 8,03% em 2005. (MARCELA CAMPOS)


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