ADRIANA MOURA
da Reportagem Local

A Couromoda (Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Produtos em Couro) começou ontem no Anhembi, em São Paulo, esperando que a indústria calçadista se recupere da queda do ano passado no mercado externo.
Embora a demanda interna tenha se mantido estável, até crescendo no fim do ano, não compensou a baixa nas exportações.
Boa parte da expectativa está depositada na inversão desse quadro. Para tanto, representantes da Abicalçados, associação do setor, se reuniram ontem com o secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), José Botafogo Gonçalves.
Na reunião, foram discutidas alternativas para facilitar a exportação dos calçados brasileiros. Entre as alternativas, estão projetos para a divulgação.
Para tanto, a feira fez um acordo com a Messe Düsseldorf, que promove a Feira Mundial do Calçado, na Alemanha. Outros eventos são planejados, entre eles uma feira do Mercosul em Punta del Este, Uruguai.
O Mercosul é um mercado prioritário, afirma o presidente da Abicalçados, Elcio Jacometti. Com o fim da alíquota de importação, o setor espera aumentar em 30% as vendas para os vizinhos, hoje em US$ 130 milhões.
A Couromoda, maior feira do setor de calçados na América Latina, espera receber 45 mil lojistas e profissionais da área nos quatro dias. Os negócios fechados podem atingir R$ 2 bilhões.
Entre as novidades da feira, está a primeira linha de calçados fabricada pela Diadora no Brasil em parceria com o grupo Paquetá, do Rio Grande do Sul. O destaque são as chuteiras femininas, com design italiano.
Outra empresa, a OpanankenAnti-Stress, aposta em um sapato desenvolvido especialmente para diabéticos. O calçado tem costuras menos salientes e é mais flexível, evitando feridas comuns em pessoas com a doença, que perdem parte da sensibilidade.