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MERCADO FINANCEIRO
Fluxo positivo de dólares garante cotação, a menor desde o final de janeiro; Bolsa recua 0,58%
Sem BC, dólar fecha a menos de R$ 2,90
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem intervenção do Banco
Central para segurar a cotação, o
dólar recuou ontem pelo quarto
dia seguido e pela primeira vez no
mês fechou negociado abaixo de
R$ 2,90. A moeda norte-americana caiu 0,37%, para R$ 2,896.
O BC completou oito dias sem
realizar leilões de compra de dólar. A expectativa entre os operadores era a de que o BC retornasse
ao mercado quando a cotação da
moeda ficasse abaixo de R$ 2,90, o
piso estimado pelo mercado. Não
ocorreu. Na semana, a queda acumulada do dólar chega a 1,29%. A
cotação é a menor desde os R$
2,87 registrados em 27 de janeiro.
"O fluxo de dólares continua
positivo, mas não em uma quantidade que permita a retomada de
compras sem provocar ruídos. É
natural que ocorra ansiedade,
porque agora ninguém sabe como o Banco Central se comportará", disse Alexandre Vasarhely,
chefe da mesa de câmbio do banco ING, em referência ao fato de
que, em janeiro, aproveitando-se
do fluxo de captações, o BC realizou 25 leilões de compra.
A Bovespa foi influenciada pela
queda nas Bolsas americanas e até
por rumores sobre o resultado do
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro, que será conhecido hoje. A Bolsa paulista, que no dia anterior acumulara
a segunda maior alta do ano
(4,68%), fechou ontem em baixa.
O Ibovespa caiu 0,58%, para
23.063 pontos. O volume negociado foi de R$ 1,162 bilhão, contra o
R$ 1,4 bilhão de anteontem. Os
papéis do setor elétrico, puxados
pela Eletrobrás (alta de 5,7%), foram o destaque positivo. Mas no
resultado do pregão pesou a queda de 1,75% nos papéis da Telemar, os mais negociados na Bolsa.
No mercado futuro, o contratos
começam a demonstrar que há
quem aposte em uma queda de
juros na reunião do Copom. Alguns operadores se arriscam a dizer que há espaço para corte de
0,25 ponto. Mas a determinante,
avaliam, poderá ser o IPCA de hoje. Os contratos com vencimento
em janeiro de 2005 fecharam negociados com taxa de 15,30% contra os 15,37% da véspera.
Principal título da dívida brasileira, o C-Bond voltou a subir. Encerrou o dia comercializado com
alta de 0,38%, a 98,375% de seu
valor de face. Conseqüência direta: o risco-país do Brasil caiu
2,56%, para 494 pontos. O risco-país não se situava abaixo de 500
pontos desde 30 de janeiro passado.
(JOSÉ ALAN DIAS)
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