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Caixa reduz juro para financiar imóveis
Maior diminuição ocorreu para residências com valor acima de R$ 350 mil; prazo para amortização foi ampliado para 30 anos
Taxa de juros do banco deve ficar no máximo em 10,48% ao ano, contra 11,84%
em 2007; balanço aponta recorde de financiamentos
VERENA FORNETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Caixa Econômica Federal
anunciou redução das taxas de
juros para o financiamento de
imóveis residenciais novos ou
usados com recursos da poupança. A redução mais significativa foi feita para imóveis
com valor acima de R$ 350 mil
ou com valor financiado superior a R$ 245 mil, com queda de
1,36 ponto percentual.
"Criamos condições mais
atrativas de taxa de juros, prazo
de financiamento e cota de financiamento para a classe média", disse Bernadete Coury,
superintendente nacional de
habitação da Caixa.
Todas as faixas de valor de
imóveis financiados com recursos da poupança tiveram diminuição da taxa de juros anual.
Neste ano, a taxa de juros nominal deve variar de 8,09% a
10,48%. No ano passado, a variação era de 8,65% a 11,84%.
Outra mudança é que os imóveis avaliados em mais de R$
350 mil terão prazo maior de
amortização (redução gradual
da dívida), de 180 meses para
360 meses. Nesses casos, a cota
de financiamento do imóvel
passa de 70 para 80%.
Para facilitar o acesso ao financiamento, o banco diz que
criará em sete Estados postos
especiais para atender construtoras. Para pessoas físicas, em
825 postos de atendimento, o
banco começa a oferecer "ilhas
de habitação", que são guichês
que, segundo a Caixa, terão capacidade para atender até dez
pessoas ao mesmo tempo. As
ilhas estão situadas em agências que respondem por cerca
de 80% do volume do crédito
imobiliário do país.
Segundo Jorge Hereda, vice-presidente de habitação da Caixa, neste ano os juros para os
imóveis mais valiosos tiveram
redução superior aos imóveis
com valor mais baixo porque
em 2007 estes já haviam tido
queda significativa.
Hereda afirma que o banco
reduziu os juros porque caíram
a taxa de inadimplência e o volume de perdas nos financiamentos. Em 2001, os atrasos
superiores a 90 dias chegaram a
12,5%, e, no ano passado, recuaram para 4,2%.
"A Caixa tem uma carteira de
1,8 milhão de clientes em habitação e avaliou que a qualidade
da carteira está melhor", diz.
Ontem, a Caixa anunciou financiamento recorde de habitação e de projetos de saneamento e infra-estrutura no ano
passado. Destinou R$ 21,5 bilhões para habitação e R$ 15,7
bilhões para as outras duas modalidades, totalizando R$ 37,2
bilhões em 2007, o que representa o maior valor contratado
em dez anos.
De acordo com o banco, 1 milhão de famílias foram atendidas em 2007 e 82% delas tinham renda mensal de até cinco salários mínimos. Em 2008,
a Caixa terá orçamento inicial
de R$ 25,9 bilhões para financiamento de habitação, saneamento e infra-estrutura.
Um levantamento feito pela
instituição mostra que, no ano
passado, jovens de até 30 anos
foram os principais clientes do
financiamento de habitação do
banco. Esse público foi responsável por 36% dos financiamentos feitos pela Caixa em
2007. Mais da metade desses
jovens prefere financiar imóveis na planta. Os imóveis novos prontos são escolhidos por
15%, e os usados, por 30%.
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