São Paulo, quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

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Para Meirelles, Brasil está em "posição forte"

DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem, após café da manhã com investidores estrangeiros em Nova York, que o Brasil "está numa posição forte [perante uma crise mundial], com seus fundamentos reforçados".
"Não é que o Brasil seja imune", disse Meirelles sobre a chance de os EUA entrarem em recessão e afetarem os mercados, mas o país tem como "sofrer muito menos do que no passado".
Meirelles disse também que o desempenho da economia dos EUA já não é mais tão crucial como antes para a prosperidade mundial.
"Apesar de ser ainda muito importante, o grau de importância da economia americana tem diminuído."
Diante da platéia de representantes de bancos e agências de risco, Meirelles apresentou dados positivos sobre a economia do Brasil, mas com a ressalva de que "é preciso ter cuidado" para não repetir "erros do passado."
Entre as razões de otimismo estão a diversificação das exportações e o aumento da demanda interna.
As taxas de juros do Brasil estão recuando de forma persistente, num momento em que o país opta por um rápido processo de controle inflacionário, disse o presidente do Banco Central.
"Outros países optam pela redução de suas taxas de inflação ao longo de vários anos, mas o Brasil optou por um rápido programa de redução da inflação", disse Meirelles. "Como resultado, o ágio relacionado à inflação está recuando de forma persistente nos últimos anos."
As taxas de juros reais, ou aquelas corrigidas pela inflação, provavelmente ficarão em 7,4% este mês, segundo dados apresentados por Meirelles. A média havia sido de 8,4% em 2006 e 2007.


Com a Bloomberg


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