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Governo dos Estados Unidos anuncia plano de ajuda a proprietários de casas
DA REDAÇÃO
O governo dos Estados Unidos anunciou ontem um plano
com as principais financeiras
do país para ajudar as pessoas
que correm o risco de perder as
suas casas. O projeto dá um
prazo de 30 dias para que os
proprietários que enfrentam a
possibilidade de execução de
hipotecas renegociem as suas
dívidas, suspendendo a execução nesse período.
As medidas, chamadas de
"Projeto Salva-Vidas", estarão
disponíveis para proprietários
que realizaram todos os tipos
de hipotecas, e não apenas as
"subprime" (para pessoas com
histórico ruim de pagamento)
-que foram o alvo das ações
anteriores do governo. Mas o
projeto só se aplica a quem está
com os pagamentos atrasados
há pelo menos três meses.
A Casa Branca não disse
quantas pessoas espera que sejam ajudadas pelo projeto. Ele
exclui proprietários que entraram em falência, propriedades
cujas execuções foram iniciadas nos últimos dias 30 dias e
casos em que a hipoteca foi usada como investimento ou na
compra de casa de férias. Mais
de 1 milhão de pessoas estavam
com os pagamentos muito atrasados em 2007 nos EUA.
O projeto reúne seis das
maiores instituições financeiras dos Estados Unidos (Citigroup, Washington Mutual, JP
Morgan Chase, Bank of America, Countrywide Financial e
Wells Fargo), que respondem
por quase 50% do crédito imobiliário do país.
Essas instituições disseram
que entrarão em contato com
os proprietários de casas que
estão há pelo menos 90 dias
com suas mensalidades atrasadas. O processo de arresto será
suspenso por 30 dias, e os bancos prometem tentar negociar
uma proposta que seja mais razoável para os proprietários.
"Esses esforços são para ajudar as famílias americanas que
querem e podem, por meio de
uma modificação nos pagamentos ou refinanciamentos,
continuar em suas casas", disse
o secretário do Tesouro dos
EUA, Henry Paulson. Segundo
ele, o plano não é para ajudar
especuladores imobiliários ou
quem cometeu fraudes.
Mas os bancos não são obrigados a seguir o plano e há
quem duvide que essas medidas serão suficientes para resolver a crise no setor imobiliário -o estopim da atual crise
americana. "Elas não parecem
ter nenhuma força", afirmou
James Paulsen, do Wells Capital Management. "Eu não vi nada de novo."
"Isso é como dar uma tarefa
de casa para seis estudantes,
mas não exigir que eles entreguem o trabalho ou, pelo menos, apresentem um relatório
sobre o progresso feito", afirmou Ted Lieu, democrata da
Assembléia do Estado da Califórnia. "O histórico da indústria financeira norte-americana em cumprir as promessas
públicas de ajuda a proprietários de casas têm estado -para
pegar leve- em falta."
Com agências internacionais e "New York Times"
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