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Para crescer, instituição deverá diversificar fontes de recursos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar da atuação agressiva
na concessão de crédito quando o mercado estava praticamente parado e de se valer de
um baixo custo de captação por
concentrar boa parte dos depósitos judiciais, a Caixa, ainda
assim, viu o resultado da sua
atividade principal encolher.
O prazo médio dos empréstimos da Caixa é longo, o que, na
prática, significa que o retorno
das operações demora mais para virar lucro. Junte-se a isso
um aumento de provisão na casa dos 23,5% por conta do risco
de não receber alguns créditos,
e boa parte do resultado operacional já fica comprometida.
Para compensar, o banco
contava com depósitos judiciais, fonte barata de captar recursos que eram repassados
nas atividades da instituição a
um custo maior. Em 2009, o
governo raspou o caixa e pegou
o dinheiro que estava lá com essa finalidade para melhorar o
resultado das contas públicas.
Agora, a Caixa terá de substituir esses recursos.
Embora o Banco Central preveja que os bancos públicos terão um desempenho inferior ao
setor privado na concessão de
crédito neste ano, essas instituições tentarão manter a liderança alcançada em 2009.
O rápido avanço no crédito
em 2009 deixou as principais
instituições públicas no limite
da capacidade de empréstimo.
As estimativas oficiais são as de
que, sem uma capitalização,
Banco do Brasil e Caixa não poderão avançar mais no mercado de crédito a partir de 2011.
Para retornar aos patamares
anteriores à crise, o BB fez duas
operações de emissão de títulos
para captar recursos no país e
no exterior. Além disso, se prepara para obter até R$ 10 bilhões em nova oferta de ações,
que deve ser bancada, principalmente, pelo Tesouro.
A Caixa também precisou de
injeção de recursos do governo,
que deve chegar a R$ 6 bilhões,
suficiente para cobrir a previsão de aumento do crédito neste ano, que, segundo o banco,
pode superar R$ 100 bilhões.
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