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INVESTIMENTO
Medida possibilita compensação de perdas
IR sobre fundo de renda fixa deve ser cobrado a cada 3 ou 6 meses
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo deverá modificar a
taxação de Imposto de Renda sobre fundos de renda fixa. Em vez
de o imposto de 20% sobre os rendimentos ser recolhido mensalmente, como ocorre hoje, ele passará a ser trimestral ou semestral.
A mudança é um pedido dos
administradores de fundos de
renda fixa para a criação da conta
investimento. A conta, que deverá
ser regulamentada por medida
provisória neste mês, permitirá a
transferência de recursos entre
aplicações financeiras sem a cobrança da CPMF -o investidor
só pagará ao entrar em uma aplicação e no resgate definitivo.
Hoje a CPMF é paga quando a
pessoa passa o dinheiro da conta
bancária para a aplicação. Se mudar de aplicação, paga de novo. E
depois paga uma terceira vez ao
resgatar o dinheiro. A mudança
vai eliminar a segunda taxação.
O problema é que, com a tributação mensal dos fundos, o investidor é prejudicado porque deixa
de receber rendimentos pelo acúmulo de seus ganhos. Além disso,
quando há prejuízo em um mês, o
investidor não é compensado pelo imposto pago no mês anterior,
por exemplo. Se a taxação for
adiada, os prejuízos podem ser
deduzidos dos ganhos.
A Folha apurou que a Receita
Federal defende uma cobrança
trimestral ou semestral para que
os rendimentos sejam taxados
dentro do espaço de 12 meses. Isso porque a arrecadação do IR
dos fundos de renda fixa rende
cerca de R$ 9 bilhões por ano. Os
administradores de fundos queriam a taxação apenas no resgate.
Assim que a medida provisória
for regulamentada, os investidores que estão hoje em um fundo
de renda fixa ou outro tipo de
aplicação já poderão transferir
seu dinheiro para outros investimentos sem pagar CPMF. Já os
que estão na poupança serão taxados ao mudar de aplicação. O
governo não deve incluir a poupança para evitar uma fuga de recursos das cadernetas.
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