São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Emprego na indústria retoma alta em janeiro

Setor tem avanço de 0,3%, após recuar 0,6% em dezembro; para Iedi, alta no início deste ano é tímida

DA FOLHA ONLINE, NO RIO

O nível de emprego na indústria iniciou o ano em recuperação, com alta de 0,3% em janeiro ante dezembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado reverte parte da queda de 0,6% observada no mês anterior e confirma, segundo avaliação do próprio instituto, o processo de recuperação do emprego industrial após os efeitos da crise econômica.
Responsável pela pesquisa, André Macedo lembrou que, antes da retração em dezembro, havia uma série de cinco resultados positivos -sempre na comparação com o mês imediatamente anterior.
"Há uma recuperação gradual do emprego na indústria, e o resultado de janeiro confirma isso", afirmou Macedo.
Na análise do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), o resultado de janeiro indica que o recuo de dezembro pode ser considerado um caso pontual. Ao mesmo tempo, a alta no início de ano é avaliada como tímida. Para este ano, o Iedi traça uma perspectiva positiva para o nível de emprego na indústria.
Macedo, do IBGE, afirmou que, apesar da ascensão, o emprego industrial encontra-se em patamar semelhante ao que era verificado no final de 2006. Essa perda é herança dos efeitos da crise sobre a indústria e mostra um processo mais lento de retomada, se comparado ao da produção industrial, cujo nível de atividade está próximo ao de janeiro de 2008.
No acumulado dos últimos 12 meses, o emprego na indústria apresenta recuo de 5,1%.
Na comparação com janeiro do ano passado, o emprego industrial teve retração de 1,1%. Ele caiu em 10 dos 14 locais pesquisados, principalmente no Estado de Minas Gerais (recuo de 4,2%) e nas regiões Norte e Centro-Oeste (queda de 3%).
O IBGE constatou retração em 13 dos 18 setores industriais avaliados. As maiores contribuições negativas vieram dos setores produtores de madeira (13,8%), vestuário (4,3%) e meios de transporte (4%).
(CIRILO JUNIOR)


Texto Anterior: Energia: Petrobras terá de pagar a sócia belga US$ 639 mi
Próximo Texto: Exigências a investimentos limitam expansão, diz BNDES
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.