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Economista menos ortodoxa será vice do Fed
Janet Yellen, do BC americano em San Francisco, é vista como conciliadora e propensa a manter juro baixo
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
A administração Obama escolheu Janet Yellen, atual presidente do Federal Reserve no
distrito de San Francisco, para
ser a número dois do banco
central americano, segundo informações obtidas pelos principais jornais dos EUA. A nomeação não havia sido confirmada
até o fechamento desta edição.
Yellen, 63, deve ocupar o lugar de Donald Kohn, que havia
sido indicado por George W.
Bush e anunciou que deixará o
cargo ao concluir seu mandato
de quatro anos como vice-presidente do Fed, em 23 de junho.
Sua provável substituta é vista por economistas como um
nome conciliador, um pouco
mais inclinado a manter os juros baixos para estimular a economia e combater os altos índices de desemprego.
No auge da crise, o BC americano derrubou as taxas de juros
e injetou bilhões de dólares na
economia; agora, enfrenta o desafio de estimular a recuperação sem disparar a inflação.
Mas Yellen, Ph.D em economia em Yale e ex-presidente do
grupo de conselheiros econômicos da Casa Branca, estaria
relutante em aceitar a posição.
Segundo o "Financial Times", ela resiste à mudança para Washington para ganhar
cerca de metade do salário que
recebe atualmente, no Fed de
San Francisco, mas ainda discute a decisão com lideranças
do governo, como o secretário
do Tesouro, Timothy Geithner.
Sua nomeação ainda precisaria
ser confirmada pelo Senado.
Nascida em Nova York, a
economista dá aulas na Universidade da Califórnia desde
1980, é especialista em desemprego e tem diversos livros publicados sobre assuntos relacionados a macroeconomia,
entre eles um título escrito em
parceria com Alan Blinder, ex-vice-presidente do Fed.
A renúncia de Kohn foi recebida pelo Fed como um desafio,
em um momento delicado da
economia. As decisões do BC
durante a lenta recuperação
americana são potencialmente
controversas, e o Fed teme que
o processo divida o seu comitê
federal -por isso a escolha de
um nome que trabalhe pelo
consenso, como o de Yellen, e
que imprima no órgão a marca
da atual administração.
Desde que assumiu a Presidência, Obama fez apenas uma
nomeação entre os sete membros da cúpula do Fed (Daniel
Tarullo, que assumiu em janeiro), além de ter indicado o presidente do órgão, Ben Bernanke, para um segundo mandato.
Duas outras vagas estão vazias e devem ser preenchidas
em breve -a advogada Sarah
Bloom Raskin, chefe do departamento de regulação financeira de Maryland, e o economista
Peter Diamond, do MIT, são os
mais cotados para ocupá-las.
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