São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

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Ainda tímido, turismo nacional avança e aposta em feira europeia

DANILO VILELA BANDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BERLIM

O ainda acanhado mercado brasileiro de turismo internacional continua dando mostras de que passou praticamente incólume pela crise financeira. Depois de obter crescimento de 3% no número de turistas estrangeiros em 2009, o país recebeu 734 mil visitantes apenas durante o mês de janeiro, alta de 12% ante o mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério do Turismo.
Os 5,3 milhões de estrangeiros que desembarcaram no Brasil ao longo de um ano que testemunhou encolhimento de 4% no volume de viagens internacionais (para 880 milhões), entretanto, não devem bastar para colocar o país entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo.
Em 2008, último ano para o qual há ranking disponível, o Brasil ocupou a 43ª posição. Nesse ano, Macau acolheu 10,6 milhões de forasteiros, segundo a agência das Nações Unidas para o turismo.
Na tentativa de melhorar esses números, o Brasil está novamente presente na ITB (Internationale Tourismus Börse), a maior feira de turismo do mundo. O evento, que acontece há 44 anos na capital alemã e movimentou 5 bilhões em 2009, termina amanhã em clima de otimismo.
Após enfrentar "um dos períodos mais difíceis da história", com queda de 13% das visitas à Europa, coração da indústria do turismo, o mercado prevê recuperação nos próximos anos.
O estande brasileiro reúne representantes dos Estados, agências de viagem e companhias aéreas.
Em visita ao evento na quarta-feira, o ministro do Turismo, Luiz Barreto, defendeu que o país busque em países próximos, como Colômbia, Peru e Chile, boa parte dos 8 milhões de visitantes que, no embalo da Copa, são esperados para 2014.
Outro foco é fazer com que o estrangeiro que busca praia ou negócios estenda sua estadia e explore outras partes do país -o aumento no número de visitantes em 2009 não impediu que a receita proveniente do turismo caísse 8%, para US$ 5,3 bilhões.
Para Barreto, porém, comparações entre o número de turistas registrado no Brasil e o de países como México (22,6 milhões) e Turquia (24,9 milhões) são irreais: "A ampla maioria dos visitantes desses países está a menos de quatro horas de distância. Nós não concorremos nesse mercado. Já a Austrália, que tem uma distância semelhante, recebe praticamente o mesmo volume de visitantes que nós".


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