São Paulo, domingo, 13 de maio de 2001 |
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PAINEL S.A. Bola de cristal Ilan Goldfajn, diretor de política econômica do BC, considera prematuro qualquer cálculo dos efeitos da crise de energia sobre a redução do PIB. Ele disse que os técnicos do BC estão mergulhados nessas contas para saber qual o impacto da crise sobre a economia em geral. Choque de oferta Goldfajn diz que, como a crise de energia se trata de um caso típico de choque de oferta, a tendência é o BC primeiro esperar seus efeitos sobre os preços em geral para depois tomar uma decisão de, por exemplo, aumentar os juros. Efeito contágio Num choque de oferta, Goldfajn explica que, mesmo no caso de aumento da tarifa de energia, não necessariamente isso contagiará os outros preços da economia. A queda no crescimento pode evitar esse efeito. O carteiro O site O Carteiro acaba de fechar parceria com a Telesp Celular e a Telefônica Celular que irá permitir a mais de 1,5 milhão de usuários de celulares WAP enviar cartões virtuais pelo aparelhinho já neste final de semana (Dia das Mães). Será a primeira vez no Brasil que serão transmitidas imagens via celular. Ameaça Renato Guerreiro (Anatel) ameaçou cassar as concessões de transmissão de dados das empresas de energia caso insistam em triplicar o valor cobrado pelo aluguel de cada poste, R$ 1, das empresas de telefonia. Menos reclamações A BCP modernizou seu sistema de tarifação de ligações e conseguiu reduzir sua margem de erro de 12% para 3% nas contas. Com isso, as reclamações no call center da empresa diminuíram de 80 mil para 3.800. Festa religiosa A Tramontina convidou o padre Marcelo Rossi para festejar seus 90 anos no dia 30, em Carlos Barbosa (RS). É a primeira vez que o padre faz show em uma cidade do interior fora do Estado de São Paulo. A missa será transmitida ao vivo pela TV para todo o país. E-mail: guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Aumento de juros
O racionamento de energia
elétrica é um típico choque de
oferta. Seus efeitos sobre a economia são duplamente negativos. Os preços são pressionados
para cima e o nível do produto é
reduzido. Nesse sentido, assemelha-se a um choque cambial
ou agrícola. O diagnóstico é do
ex-presidente do BC Gustavo
Loyola. O economista conclui
que é um engano pensar que a
probabilidade de elevação de juros na próxima reunião do Copom tenha diminuído por causa
dos efeitos negativos sobre o PIB
determinados pelo racionamento. "O racionamento se tornará
ponto central das preocupações
do BC se e quando estiver afetando a inflação esperada e, nesse caso, a teoria sugere que os
efeitos serão negativos, e não
positivos." |
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