São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 2002

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Bovespa cai a um dos mais baixos patamares do pós-desvalorização

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) está num dos pontos mais baixos desde a mudança no regime cambial brasileiro, ocorrida em janeiro de 99.
Segundo levantamento da Economática, na sexta-feira o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo, que reflete a variação das 57 ações mais líquidas) fechou em 12.130 pontos, que, convertidos em moeda norte-americana, valiam US$ 4.883,65.
Desde a mudança do regime cambial, somente em quatro meses o índice fechou abaixo desse patamar. Em janeiro de 99 (US$ 4.120,11), em fevereiro de 99 (US$ 4.315,19), em setembro de 2000 (US$ 3.981,21) e em outubro de 2000 (US$ 4.197,85). O ponto mais alto desse período foi em março de 2000, quando fechou em US$ 10.199, e o dólar podia ser comprado por R$ 1,75. Na última sexta feira, a cotação era R$ 1,48.
Os cálculos foram feitos com base no dólar Ptax de venda, divulgado pelo Banco Central, que reflete o valor médio de negociação da moeda norte-americana.

Segundo lugar
A queda nos preços em dólar das ações tirou, neste mês, o Brasil da liderança entre as Bolsas dos países latino-americanos.
De acordo com dados da Economática, nos últimos anos, a Bovespa tem sido a primeira em valor de mercado quando se soma a cotação de todas as empresas negociadas nos pregões. "Foram poucos os momentos em que a Bolsa do México nos ultrapassou", afirma Einar Rivero, coordenador-técnico da Economática.
Em maio, no entanto, isso voltou a acontecer. Em 30 de abril, a Bovespa e a Bolsa do México somavam o mesmo valor em empresas (US$ 169 bilhões). A partir de maio, os mexicanos ganharam o primeiro lugar. Na sexta-feira, as empresas da Bolsa de São Paulo valiam US$ 154 bilhões, enquanto as do México, US$ 160 bilhões.
Vale ressaltar que a Bolsa brasileira tem 259 companhias registradas e a mexicana, 74. Ou seja, as empresas de lá, individualmente, valem mais do que as daqui.
Rivero diz acreditar que a perda da liderança é momentânea. As duas Bolsas têm sofrido nos últimos meses. A diferença é que a desvalorização do real tem sido maior do que a do peso em relação ao dólar. Até sexta-feira, era de 7% e 3%, respectivamente. "Basta o real se valorizar um pouco que voltamos ao primeiro lugar", diz Rivero.(IC)


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