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IMÓVEIS
Lançamento é de grupo português; patrimônio será investido em centros de operação e logística no Rio e em São Paulo
Fundo imobiliário será negociado na Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais um fundo imobiliário voltado para o pequeno e médio investidor acaba de chegar ao mercado. É o Europar, que traz duas
novidades importantes em relação aos produtos já lançados.
Seu patrimônio será composto
por centros de operação e logística, e suas cotas poderão ser comercializadas na Bovespa (Bolsa
de Valores de São Paulo).
Produzido pelo grupo português Tiner, especializado em fundos imobiliários, e estruturado
pela corretora Coinvalores, o Europar será composto por dois
centros de operações e logística
localizados próximos ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e
outros três situados no início da
rodovia Anhanguera, em São
Paulo.
O patrimônio do fundo contará
ainda com uma área voltada para
testes de elevadores de grande
porte. As seis edificações somam
38 mil metros quadrados de área
construída.
No total, 440 mil cotas estão
sendo colocadas à venda, cada
uma a R$ 100, totalizando uma
emissão de R$ 44 milhões. O lote
mínimo para quem quer investir
é de R$ 10 mil (100 cotas), e a expectativa é que o retorno seja de
1% ao mês, livre de despesas. Descontada a alíquota de Imposto de
Renda, que é de 20%, a rentabilidade líquida será de de 0,8% ao
mês. O empreendimento não garante renda mínima.
Somente um dos centros de logística não tem inquilino. Os demais estão alugados para as empresas Fedex, Cesa, AVS, Expresso Mercúrio e Belt Logistics, sendo que alguns dos contratos são
de dez anos.
A constituição de um fundo
imobiliário é semelhante à de um
fundo de ações ou de renda fixa. A
diferença é que, em vez de investir
em ações ou títulos de renda fixa,
o fundo imobiliário deve ter a
maior parte dos seus recursos
aplicados em um ou mais imóveis.
Pode-se fazer um fundo, por
exemplo, para obter renda por
meio de aluguéis ou voltado para
a construção e venda. A administração é feita por uma instituição
financeira e está sujeita à fiscalização da CVM (Comissão de Valores Imobiliários).
Diferentemente dos de investimentos, os imobiliários são fundos fechados. O participante não
pode solicitar o resgate das cotas.
Para liquidar o investimento, é
preciso vendê-las a terceiros.
Um dos problemas dos fundos
imobiliários no Brasil é que, por
serem novos (veja na tabela abaixo a relação dos oito que são voltados para o pequeno e médio investidor), suas cotas ainda não
têm muita liquidez (facilidade de
comercialização).
É por esse motivo, explica Sérgio Belleza Filho, consultor da
Coinvalores, que surgiu a idéia de
cadastrar o empreendimento na
Bovespa. Assim que o fundo estiver vendido, seus cotistas poderão negociar suas participações
como se fossem ações de uma
companhia aberta.
A venda em Bolsa será opcional.
Quem quiser negociar diretamente com um terceiro também poderá fazê-lo.
A comercialização na Bovespa,
explica Belleza, não resolverá definitivamente o problema da falta
de liquidez, mas ajudará a dar
maior transparência para o empreendimento.
"É uma atitude louvável. Contribuirá para aperfeiçoar e amadurecer o mercado de fundo imobiliário", diz Fábio Nogueira, diretor da companhia hipotecária
Brazilian Mortgages, que também atua nessa área.
(ISABEL CAMPOS)
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