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Convênio com empresas segue modelo da ONU, afirma Receita
Órgão diz que pode aceitar sugestões ou não e que está aberto a fazer outros acordos
DA REPORTAGEM LOCAL
Francisco Labriola, coordenador-geral da Coana (Coordenação Geral de Administração
Aduaneira) da Receita Federal,
informa que o convênio assinado entre a Receita Federal e o
Instituto Procomex segue modelo internacional da ONU
(Organização das Nações Unidas) de cooperação entre os setores privado e público.
"Há muito tempo a aduana
funciona como gargalo do comércio exterior no país. Isso,
muitas vezes, nem é culpa da
Receita. Por isso, a Receita fez
esse convênio com a iniciativa
privada, que nos fornece subsídios, sugestões, que podemos
aceitar ou não, para modernizar o sistema aduaneiro."
Na sua avaliação, o Procomex
não representa um pequeno
grupo, mas muitas empresas
com interesse em resolver
questões relacionadas ao comércio exterior brasileiro.
"Acho muito bom que o Ministério Público faça investigação [sobre o convênio], pois isso nos dá segurança e publicidade. Estamos bem tranqüilos", afirma Labriola, que acaba
de ocupar o cargo de coordenador-geral da Coana em substituição a Ronaldo Medina, que,
por sua vez, foi para a área de
assuntos tributários.
Labriola informa que a Receita Federal é a favor de qualquer iniciativa que possa levar a
instituição a saber o que a sociedade pensa e espera da aduana brasileira. Ele confirma que
o convênio com o Instituto
Procomex é o único desse tipo
que a Receita firmou até agora.
"Mas estamos abertos a realizar outros convênios. Basta que
as entidades nos procurem. Um
fato é engraçado: quando o governo se fecha para a sociedade,
há reclamação e, quando se
abre, também há reclamação."
O coordenador-geral da Coana informa que o Procomex
não propõe norma nem minuta
de projeto de lei. "O que o instituto faz é listar os problemas e
dizer onde eles estão. Os representantes do instituto fazem
consulta à Receita Federal, sugerem soluções. Nós, na verdade, queremos que eles apresentem sugestões."
Para a Receita Federal, quem
vê problema no convênio provavelmente não tem interesse
na modernização do sistema
aduaneiro do país.
(CR e FF)
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