São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007

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Para empresas, convênio agiliza processo

Participante diz que intenção nas reuniões com a Receita não é fazer "lobby", mas "melhorar e modernizar aduana nacional"

Executivo que freqüenta encontros do Procomex afirma que competitividade do setor externo brasileiro é uma das principais metas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bosch, uma das 37 empresas associadas ao Instituto Procomex, informa que se filiou à instituição após constatar seu trabalho com a Receita Federal, por meio de convênio para melhorar a competitividade do sistema aduaneiro brasileiro.
"O Instituto Procomex quer implementar um sistema aduaneiro desburocratizado, que proteja os interesses nacionais e facilite o controle do comércio exterior", afirma Anselmo Riso, gerente de Logística Corporativa, Importação e Exportação da Bosch.
"Achamos que o instituto é o caminho para participar de discussões que buscam a modernização de procedimentos aduaneiros com o governo. A Receita Federal está aberta a todos", completa.
Nas reuniões que acontecem com representantes da Receita Federal, segundo informa o executivo, participam representantes de cerca de 50 empresas e entidades. "Não participamos com mentalidade de "lobby" desse ou daquele setor. A idéia é sempre discutir temas que possam modernizar a aduana brasileira. Agora, tem gente que é contra isso."
A Fiat se associou ao Procomex no ano passado, segundo informa sua assessoria de imprensa, após receber uma proposta da entidade.
Apesar disso, afirma não ter "participação ativa em discussões e deliberações" do Instituto Procomex.
Ainda segundo a montadora, o setor de comércio exterior da empresa avaliou que seria interessante participar do Procomex e delegou a função à Fiat Sadi -empresa que atua como gestora de negócios relativos ao comércio internacional de todo o grupo Fiat.
A montadora também ressaltou ainda que quem a representa nas negociações com os diversos órgãos do poder público é a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
A entidade, que reúne fabricantes de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus) e de máquinas agrícolas (tratores de rodas e de esteiras, colheitadeiras e retroescavadeiras), não consta na lista de associadas ao Procomex.
A Folha procurou várias empresas sócias do Instituto Procomex e representantes de indústrias para falar sobre o convênio firmado com a Receita Federal, mas elas não telefonaram de volta para a reportagem nem responderam aos e-mails.
(FÁTIMA FERNADES e CLAUDIA ROLLI)


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