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Para empresas, convênio agiliza processo
Participante diz que intenção nas reuniões com a Receita não é fazer "lobby", mas "melhorar e modernizar aduana nacional"
Executivo que freqüenta encontros do Procomex
afirma que competitividade
do setor externo brasileiro é
uma das principais metas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bosch, uma das 37 empresas associadas ao Instituto Procomex, informa que se filiou à
instituição após constatar seu
trabalho com a Receita Federal,
por meio de convênio para melhorar a competitividade do sistema aduaneiro brasileiro.
"O Instituto Procomex quer
implementar um sistema aduaneiro desburocratizado, que
proteja os interesses nacionais
e facilite o controle do comércio exterior", afirma Anselmo
Riso, gerente de Logística Corporativa, Importação e Exportação da Bosch.
"Achamos que o instituto é o
caminho para participar de discussões que buscam a modernização de procedimentos
aduaneiros com o governo. A
Receita Federal está aberta a
todos", completa.
Nas reuniões que acontecem
com representantes da Receita
Federal, segundo informa o
executivo, participam representantes de cerca de 50 empresas e entidades. "Não participamos com mentalidade de
"lobby" desse ou daquele setor.
A idéia é sempre discutir temas
que possam modernizar a
aduana brasileira. Agora, tem
gente que é contra isso."
A Fiat se associou ao Procomex no ano passado, segundo
informa sua assessoria de imprensa, após receber uma proposta da entidade.
Apesar disso, afirma não ter
"participação ativa em discussões e deliberações" do Instituto Procomex.
Ainda segundo a montadora,
o setor de comércio exterior da
empresa avaliou que seria interessante participar do Procomex e delegou a função à Fiat
Sadi -empresa que atua como
gestora de negócios relativos ao
comércio internacional de todo
o grupo Fiat.
A montadora também ressaltou ainda que quem a representa nas negociações com os diversos órgãos do poder público
é a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores).
A entidade, que reúne fabricantes de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus) e de máquinas
agrícolas (tratores de rodas e de
esteiras, colheitadeiras e retroescavadeiras), não consta na
lista de associadas ao Procomex.
A Folha procurou várias empresas sócias do Instituto Procomex e representantes de indústrias para falar sobre o convênio firmado com a Receita
Federal, mas elas não telefonaram de volta para a reportagem
nem responderam aos e-mails.
(FÁTIMA FERNADES e CLAUDIA ROLLI)
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