ANTONIO CARLOS SEIDL
da Reportagem Local

Com investimento previsto de US$ 1,65 bilhão, o grupo Brasilinvest, em parceria com o grupo MGDF (Maharishi Global Development Fund), dos EUA, anunciou ontem um projeto para a construção do arranha-céu mais alto do mundo no centro de São Paulo.
Batizado de São Paulo Tower, o edifício terá 494 metros de altura, 103 andares e 1,3 milhão de m2 de área construída. O Petronas Tower, em Kuala Lumpur, capital da Malásia, com 452 metros de altura, é, atualmente, o edifício mais alto do mundo.
Mario Garnero, presidente do Brasilinvest, disse que a definição da área para a implantação do projeto está a cargo da Prefeitura de São Paulo, mais precisamente do ProCentro, órgão ligado à Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano.
Garnero disse que gostaria de colocar o São Paulo Tower no "centro da cracolândia" (região do centro de São Paulo, nas proximidades da estação da Luz, onde se trafica e consome crack).
"O projeto nessa área teria um impacto positivo de revigoramento urbano comparável à recuperação do centro de Nova York na esteira da construção do Empire State Building, em 1931."
Garnero disse que as obras do São Paulo Tower devem começar no final do ano 2000, criando, nessa fase, cerca de 2.000 empregos diretos. O prazo de execução do projeto é de cinco anos.
Segundo o plano, o São Paulo Tower terá um centro de convenções de 75 mil m2 e um centro de exposições de 110 mil m2 (cerca do dobro da área do Anhembi), além de shoppings, hotéis, escritórios, restaurantes e teatros.
Mario Garnero também anunciou mais dois projetos imobiliários coordenados pelo grupo Brasilinvest, ambos em Campinas: o Villagio in Sousas (dois loteamentos, com um campo de golfe, uma universidade e um shopping center), que será realizado com o grupo MGDF, em parceria meio a meio, significando investimento de US$ 250 milhões, e o Transworld - O Mundo dos Transportes (contará com um centro de negócios, um parque temático, shoppings, uma área de entretenimento e um recinto de rodeios), uma parceria, também em partes iguais, com a Singer do Brasil, representando investimento de US$ 200 milhões.
Acompanhado do diretor do MGDF, Benjamin Feldman, Garnero apresentou, ontem, os projetos ao governador Mário Covas, no Palácio dos Bandeirantes, e ao prefeito Celso Pitta, na sede da prefeitura paulistana.


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