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MERCADO TENSO
Demissão do primeiro-ministro russo causa a maior baixa desde agosto do ano passado
Bolsa de Moscou tem queda de 16,2%
das agências internacionais
A Bolsa de Valores de Moscou
despencou ontem com o anúncio
da demissão do primeiro-ministro, Ievguêni Primakov.
O índice RTS da Bolsa russa fechou com baixa de 16,2%.
É a maior queda desde 27 de
agosto do ano passado, no auge da
crise russa, quando o índice registrou queda de 17,13%.
As ações de primeira linha ("blue
chips") tiveram desvalorização entre 17% e 20% ontem.
Os investidores estrangeiros, que
levaram a Bolsa russa a registrar a
maior alta em nove meses na semana passada, foram surpreendidos pela demissão.
A moeda russa, o rublo, sofreu
desvalorização de 3,3% em relação
ao dólar no dia.
A saída de Primakov também repercutiu negativamente na Bolsa
de Londres, que caiu 0,55%.
A Bolsa de Milão fechou com baixa de 1,15% e a de Frankfurt, com
pequena queda de 0,2%.
Contribui para o mau desempenho a queda das ações das petrolíferas, afetadas por uma nova redução dos preços do óleo.
A Bolsa de Paris, por outro lado,
teve ligeira valorização de 0,11%. A
de Madri terminou o dia ontem
com alta de 0,17%.
Riscos
A Fitch IBCA, agência internacional de classificação de riscos,
declarou ontem que a saída de Primakov aumenta o risco de novo
calote por parte do governo russo.
O país deve honrar o pagamento
de US$ 16 bilhões em eurobônus.
A agência britânica destaca ainda que a destituição do primeiro-ministro "atrasará a entrada dos
novos recursos por parte do FMI
(Fundo Monetário Internacional)
e do Banco Mundial, que são de extrema importância para evitar que
o governo russo decrete moratória
da dívida externa".
De acordo com a Fitch IBCA,
Serguei Stepashin, indicado pelo
presidente Boris Ieltsin para substituir Primakov, encontrará mais
dificuldades para aprovar as reformas econômicas necessárias no
Parlamento russo que seu sucessor.
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