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MERCADO TENSO
Wall Street registrou queda de 1,4% durante o pregão, mas terminou com ganho de apenas 0,26%
Nova York oscila e fecha com ligeira alta
ALESSANDRA BLANCO
de Nova York
A Bolsa de Nova York se recuperou ontem no final da tarde após
três dias de quedas significativas.
O índice Dow Jones, que reúne as
30 ações mais negociadas na Bolsa, fechou ontem em 8.834,94
pontos, com alta de 23,17 pontos.
Durante o dia, chegou a cair 127
pontos.
Ou seja, depois de ter caído 1,4%
durante o pregão, o índice recuperou-se e fechou com ligeira alta, de
apenas 0,26%.
O Nasdaq (índice da Bolsa eletrônica) fechou em queda de 4,68
pontos a 1.745,07.
Entre os investidores a posição é
a de que, diferentemente do que se
pensava, a crise na Ásia não está
terminando.
Ela estaria apenas pela metade e,
desta vez, pode afetar a boa fase
econômica dos EUA.
"Ainda é cedo para dizer se esse
é o começo do final da boa fase
econômica do país, mas eu diria
que os investidores estão muito
atentos para isso e o mercado está
nervoso", disse Peter Coolidge, da
Brean Murray & Co.
Segundo o responsável pela
América Latina do banco de investimentos Lehman Brothers, Carlos
Guimarães, as preocupações agora são muito maiores do que no
final do ano passado com a crise
da Tailândia, Indonésia e Coréia.
"Sempre disse que o grande
problema era o Japão. Tailândia e
Coréia são peixe pequeno e até o
problema na Rússia é pequeno no
conteúdo. Agora, o Japão precisa
ter uma liderança forte para resolver sua situação. Quando a situação começa a chacoalhar como está ocorrendo, os resultados podem ser muito sérios. As quedas
nas Bolsas do mundo inteiro apenas refletem o que está acontecendo lá", disse.
Sob risco
Tanto Coolidge quanto Guimarães acreditam que o Brasil não
deve ser afetado em curto prazo
com essa "nova crise na Ásia",
mas deve ficar atento.
"Eu não usaria a palavra crise
porque ela é muito forte, mas o
Brasil tem de ficar atento para um
declínio na atividade econômica.
O que está acontecendo hoje no
Japão pode machucar a economia
global, principalmente na América Latina", diz Coolidge.
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