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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa de SP sobe 4,56% em dois dias e já lidera aplicações no mês, impulsionada por investidor externo
Estrangeiro volta, e Bovespa se recupera
DA REPORTAGEM LOCAL
As altas cravadas nos dois últimos pregões levaram a Bovespa a
passar a ocupar o posto de melhor
aplicação de julho. Ao menos até
o momento. Foram 4,56% de ganho nos dois pregões da semana.
Agora, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) passou a
ter valorização de 1,94% no mês.
A alta ontem foi de 2,08%.
A entrada de capital externo
tem ajudado a Bolsa a dar sinais
de que pode engatar uma recuperação. Mas os escândalos no cenário político parecem estar segurando uma escalada mais consistente do mercado acionário.
Os investidores estrangeiros
mais compraram que venderam
ações na primeira semana do mês
no montante de R$ 462,5 milhões.
Em todo o mês de junho, esse balanço ficou positivo em R$ 354,2
milhões.
Exportadoras e empresas geradoras e distribuidoras de energia
elétrica foram as que deram as
melhores rentabilidades no pregão de ontem.
Entre os 55 papéis de maior negociação, Usiminas PNA liderou,
com elevação de 7,17%. A seguir,
ficou Eletrobrás PNB (7,06%).
Com os indicadores de inflação
mostrando queda generalizada
-ontem, a Fipe anunciou deflação de 0,13% na primeira quadrissemana do mês-, as chances de
os juros começarem a cair em
breve cresceram. E esse cenário é
benéfico ao mercado de ações.
Os juros futuros também têm
respondido bem à expectativa de
que o início do processo de reduções dos juros não está longe.
No pregão da BM&F, o contrato DI (que mostra as projeções futuras de juros) com vencimento
em 18 meses fechou ontem com
taxa de 17,48%. Na sexta-feira, o
papel registrou taxa de 17,59%.
No mesmo período, a taxa do DI
que vence em um ano foi de
18,17% para 18,11%.
O Copom (Comitê de Política
Monetária do BC) realiza sua reunião mensal na próxima semana.
O mercado espera que a taxa básica da economia (Selic) permaneça estável neste mês, nos atuais
19,75%.
O risco dos países latino-americanos caiu de forma generalizada
ontem. O brasileiro recuou
2,67%, para 401 pontos. O risco da
Argentina caiu 3,33% e fechou a
406 pontos.
O dólar, depois de chegar a bater nos R$ 2,325 nas operações de
ontem, encerrou o dia vendido a
R$ 2,342, praticamente estável.
(FABRICIO VIEIRA)
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