São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Bolsa de SP sobe 4,56% em dois dias e já lidera aplicações no mês, impulsionada por investidor externo

Estrangeiro volta, e Bovespa se recupera

DA REPORTAGEM LOCAL

As altas cravadas nos dois últimos pregões levaram a Bovespa a passar a ocupar o posto de melhor aplicação de julho. Ao menos até o momento. Foram 4,56% de ganho nos dois pregões da semana.
Agora, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) passou a ter valorização de 1,94% no mês. A alta ontem foi de 2,08%.
A entrada de capital externo tem ajudado a Bolsa a dar sinais de que pode engatar uma recuperação. Mas os escândalos no cenário político parecem estar segurando uma escalada mais consistente do mercado acionário.
Os investidores estrangeiros mais compraram que venderam ações na primeira semana do mês no montante de R$ 462,5 milhões. Em todo o mês de junho, esse balanço ficou positivo em R$ 354,2 milhões.
Exportadoras e empresas geradoras e distribuidoras de energia elétrica foram as que deram as melhores rentabilidades no pregão de ontem.
Entre os 55 papéis de maior negociação, Usiminas PNA liderou, com elevação de 7,17%. A seguir, ficou Eletrobrás PNB (7,06%).
Com os indicadores de inflação mostrando queda generalizada -ontem, a Fipe anunciou deflação de 0,13% na primeira quadrissemana do mês-, as chances de os juros começarem a cair em breve cresceram. E esse cenário é benéfico ao mercado de ações.
Os juros futuros também têm respondido bem à expectativa de que o início do processo de reduções dos juros não está longe.
No pregão da BM&F, o contrato DI (que mostra as projeções futuras de juros) com vencimento em 18 meses fechou ontem com taxa de 17,48%. Na sexta-feira, o papel registrou taxa de 17,59%. No mesmo período, a taxa do DI que vence em um ano foi de 18,17% para 18,11%.
O Copom (Comitê de Política Monetária do BC) realiza sua reunião mensal na próxima semana. O mercado espera que a taxa básica da economia (Selic) permaneça estável neste mês, nos atuais 19,75%.
O risco dos países latino-americanos caiu de forma generalizada ontem. O brasileiro recuou 2,67%, para 401 pontos. O risco da Argentina caiu 3,33% e fechou a 406 pontos.
O dólar, depois de chegar a bater nos R$ 2,325 nas operações de ontem, encerrou o dia vendido a R$ 2,342, praticamente estável.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Inadimplência vê leve queda em SP
Próximo Texto: Grãos: Consumo maior derruba estoques de soja
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.