|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Indústria cresceu menos em junho, afirma Mantega
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Fazenda,
Guido Mantega, disse ontem
que a produção da indústria
deve ter crescido menos em
junho em razão da Copa do
Mundo, que reduziu o número de dias úteis daquele mês.
Reafirmou ainda sua perspectiva para as taxas de juros, cuja "trajetória é de redução proporcional" à queda
inflação.
Apesar da previsão de juros menores e de incremento
da produção da indústria acima da expectativas em maio
(alta de 1,6% ante abril), o
ministro manteve sua estimativa para o crescimento
do PIB neste ano, que deve
oscilar de 4% a 4,5%.
"Esse crescimento de 1,6%
está dentro das perspectivas
de 4% a 4,5% [do PIB neste
ano]. Não creio que ele sinalize crescimento maior do
que esse. É normal ter crescimentos diferenciados ao longo do ano."
O ministro da Fazenda comemorou o resultado de
maio da indústria, mas previu uma desaceleração em
junho. "Foi um bom crescimento [de maio], mas no mês
seguinte [junho] foi o mês da
Copa e tivemos menos dias
úteis. Então, talvez o crescimento em junho seja menor.
Então, será um mês pelo outro", disse Mantega, ao justificar a manutenção das previsões para o PIB.
Embora sempre cuidadoso
e evitando atropelar a decisão do Copom deste mês,
Mantega disse que "a trajetória [da taxa Selic] é de redução proporcional à trajetória
da inflação".
"A inflação está numa trajetória descendente, e a taxa
Selic também. Eu não gosto
de me pronunciar sobre o
comportamento do Copom,
mas acho que vocês têm dados para deduzir e análises
abundantes nos jornais para
saber qual é a tendência da
taxa de juros no Brasil."
Mantega disse que "a previsão é que a inflação fique
neste ano entre 3,8% e 4%,
uma margem muito boa".
O ministro esteve ontem
no Rio reunido com 20 empresários liderados pelo presidente da Firjan (Federação
das Indústrias do Estado do
Rio de Janeiro), Eduardo
Eugênio Gouvêa Vieira.
Texto Anterior: Argentinos decidem manter limite a produtos brasileiros Próximo Texto: Emprego: VW nega pedido para suspender corte de vagas Índice
|