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Nestlé vai fechar fábrica e subir preço para enfrentar alta das commodities
Maior empresa de alimentos do mundo prevê inflação e repasse dos custos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Nestlé, maior empresa de
alimentos do mundo, está se
preparando para a alta dos preços das commodities e deve repassar os custos para o consumidor. O grupo suíço anunciou
ontem, em entrevista à Reuters, que vai fechar fábricas,
deixar de fabricar produtos
menos lucrativos e repassar o
aumento dos preços dos insumos para os consumidores.
Segundo o integrante do departamento de administração
da Nestlé, José Lopez -em sua
primeira entrevista como chefe
das operações da empresa-, o
grupo está se preparando para
um longo período de alta das
commodities e da energia, o
que deve elevar a inflação, ainda que de maneira moderada.
O foco em marcas consolidadas, alimentos saudáveis e nutrição medicinal, segundo Lopez, dá vantagem competitiva à
Nestlé, que não vê o aumento
de preços como prejudicial.
De acordo a Reuters, a empresa se beneficia por ter maior
poder de barganha com os fornecedores. "De todo modo, eu
posso comprar melhor porque
eu sou maior", disse Lopez.
A Nestlé cresceu em média
5,8% ao ano nos dez anos encerrados em 2006, mas não
descarta perda de lucratividade
com o aumento dos preços.
Lopez não informou à agência onde estão localizadas as fábricas que serão fechadas nem
a quantidade. No Brasil, a indústria tem 26 unidades em sete Estados e emprega mais de
16 mil pessoas.
Na entrevista, o integrante
do conselho afirmou, no entanto, que nenhuma das 27 marcas, que geram US$ 830 milhões em vendas, serão retiradas do mercado.
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