São Paulo, sexta-feira, 13 de julho de 2007

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Nestlé vai fechar fábrica e subir preço para enfrentar alta das commodities

Maior empresa de alimentos do mundo prevê inflação e repasse dos custos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, está se preparando para a alta dos preços das commodities e deve repassar os custos para o consumidor. O grupo suíço anunciou ontem, em entrevista à Reuters, que vai fechar fábricas, deixar de fabricar produtos menos lucrativos e repassar o aumento dos preços dos insumos para os consumidores.
Segundo o integrante do departamento de administração da Nestlé, José Lopez -em sua primeira entrevista como chefe das operações da empresa-, o grupo está se preparando para um longo período de alta das commodities e da energia, o que deve elevar a inflação, ainda que de maneira moderada.
O foco em marcas consolidadas, alimentos saudáveis e nutrição medicinal, segundo Lopez, dá vantagem competitiva à Nestlé, que não vê o aumento de preços como prejudicial.
De acordo a Reuters, a empresa se beneficia por ter maior poder de barganha com os fornecedores. "De todo modo, eu posso comprar melhor porque eu sou maior", disse Lopez.
A Nestlé cresceu em média 5,8% ao ano nos dez anos encerrados em 2006, mas não descarta perda de lucratividade com o aumento dos preços.
Lopez não informou à agência onde estão localizadas as fábricas que serão fechadas nem a quantidade. No Brasil, a indústria tem 26 unidades em sete Estados e emprega mais de 16 mil pessoas.
Na entrevista, o integrante do conselho afirmou, no entanto, que nenhuma das 27 marcas, que geram US$ 830 milhões em vendas, serão retiradas do mercado.


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