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EM TRANSE
Prevendo contágio brasileiro, banco rebaixa toda a América Latina
Morgan Stanley reduz recomendação
DA REPORTAGEM LOCAL
A dívida pública brasileira foi
rebaixada ontem pelo banco de
investimentos norte-americano
Morgan Stanley. A classificação
caiu de "market perform" (nível
do mercado) para "underperform" (abaixo do nível).
O risco de contágio levou a instituição a rebaixar todos os demais países da América Latina, de
México a Argentina. Em outras
palavras, a instituição espera que
os títulos públicos brasileiros terão um desempenho, na média,
pior que os de outros papéis soberanos. Na semana passada, o banco já havia rebaixado sua nota para o desempenho do real.
O argumento é o mesmo já usado por outros bancos e agências
de classificação nos últimos dois
meses: aumento do risco de calote, na rasteira da sucessão presidencial. O banco afirma que somente um superávit primário entre 4,5% e 5% estabilizaria o crescimento da dívida brasileira.
Para o Morgan Stanley, os candidatos brasileiros da oposição não reagiram entusiasticamente em relação ao pacote do FMI. Isso indicaria risco de mudança de rumo das políticas econômicas.
O banco também revisou de 1% para 0,6% sua expectativa de crescimento da economia brasileira em 2002 e cortou a previsão para a região.(ÉRICA FRAGA)
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