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ÁGUIA EM TRANSE
Para analistas, eventual corte na taxa não virá antes de setembro; Bolsas caem nos EUA, na Europa e no Japão
Federal Reserve deverá manter juros em 1,75% hoje
DA REDAÇÃO
O Federal Reserve (banco central dos EUA) deverá manter os
juros em 1,75% ao ano hoje, durante a reunião do Fomc (Federal
Open Market Committee, o comitê de política monetária da instituição). Havia a expectativa de
que pudesse haver uma redução
na taxa, mas, para os analistas do
mercado, isso não deverá ocorrer
até o próximo mês.
Durante toda a semana passada
houve forte especulação de que o
Fed poderia agir para evitar o risco de uma nova contração econômica. O Morgan Stanley, por
exemplo, emitiu uma análise em
que prevê o corte de 0,50 ponto
percentual hoje.
A perspectiva de juros menores
deu alento ao mercado financeiro
na semana passada, e o índice
Dow Jones cravou sua melhor semana desde setembro. Mas ontem os investidores já não acreditavam que Alan Greenspan, o
presidente do Fed, e seus colegas
optariam por uma nova redução
na taxa.
A mudança de expectativa derrubou as principais Bolsas do planeta ontem, com os investidores
vendendo papéis para embolsar
os lucros dos bons negócios da semana passada. Contribuiu para as
perdas de ontem a concordata da
US Airways, a sexta maior empresa aérea dos EUA, anunciada no
domingo.
As Bolsas dos EUA conseguiram reduzir parte da queda antes
do encerramento do pregão, mas
os mercados europeus fecharam
o dia com perdas significativas. O
Dow Jones caiu 0,65%, a Nasdaq
ficou praticamente estável (alta de
0,06%) e o índice Standard &
Poor's 500 baixou 0,53%.
Na Europa, todas caíram: Londres, 2,33% Paris, 2,42%; e Frankfurt, 3,02%. Tóquio recuou 2,52%.
"Não está acontecendo muita
coisa hoje. As pessoas estão esperando para ver o que o Fed vai fazer", disse Robert Streed, administrador de carteira de investimentos da consultoria Northern
Select Equity Fund.
De acordo com levantamento
da agência Reuters, entre 22 bancos que operam com o Fed no
mercado financeiro, 21 previram
que não haveria alteração na taxa
hoje, que está no menor patamar
dos últimos 40 anos. Dez instituições disseram que o Fed adotaria
um viés de baixa, sinalizando para
um eventual corte em setembro.
A turbulência brasileira também afetou a Bolsa de Nova York.
O Unibanco ficou em terceiro lugar na lista dos maiores perdedores de Wall Street ontem, com
suas ações caindo 16,5%. A Copene recuou 11,9% e os papéis do
Itaú baixaram 10,3%.
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