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MERCADO ABERTO
Wall Street acende o sinal amarelo
O investidor estrangeiro já começa a mostrar um sinal de
maior ansiedade com os
desdobramentos da crise
política no Brasil e não se pode
descartar a possibilidade de redução de suas posições em títulos de renda fixa no país.
A afirmação é do economista
Paulo Leme, da Goldman Sachs,
ao analisar as repercussões em
Wall Street depois das revelações
bombásticas do publicitário Duda Mendonça e do pronunciamento do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Leme diz que o investidor estrangeiro tem participação expressiva em títulos públicos,
principalmente nos contratos futuros de juros que vencem em
abril de 2006 e janeiro de 2007. Se
houver uma redução dessas posições, Leme afirma que o impacto
será muito desfavorável nos mercados de câmbio e de juros.
Dessa forma, o economista
acha que há uma chance muito
grande de ser adiada mais uma
vez a redução da Selic na próxima reunião do Copom, na semana que vem, apesar da queda da
inflação. Para Leme, o BC pode
ter de deixar para setembro a decisão de baixar os juros.
Ele listou dois motivos para a
piora na percepção da crise para
o investidor estrangeiro. Em primeiro lugar, o fato de, a cada dia,
surgir um novo elemento agravador do quadro político, como
o caso do depoimento de Duda
Mendonça.
Outro fato que repercutiu também muito mal para o investidor
de fora foi o pronunciamento do
presidente Lula. Segundo Leme,
Lula não aproveitou a oportunidade de esclarecer à nação a respeito de todas as denúncias e,
mais do que isso, propiciou uma
discussão aberta e direta no Congresso sobre a possibilidade de
impeachment.
Para Leme, o discurso de Lula
foi mais frustrante ainda por ter
dado a sensação de que ele não
conseguiu exercer a capacidade
de liderança neste momento crítico que vive o país. "O discurso
era importante para ele tomar as
rédeas do país, e isso não aconteceu", diz o economista. "A sensação foi de vazio de poder."
PACIENTE DE FORA
O hospital Sírio-Libanês,
em São Paulo, um dos
maiores da América Latina, pretende elevar de 3% a
10% a participação de pacientes estrangeiros atendidos, segundo Mauricio
Ceschin, superintendente
corporativo da instituição.
Relacionado a esse plano,
o Sírio-Libanês decidiu integrar um consórcio criado para promover a exportação de serviços de saúde,
programas de treinamento
e projetos construtivos de
hospitais e participa neste
ano de feiras médicas e
eventos internacionais.
LINHA CRUZADA
A Abrafix (associação das
concessionárias de telefonia
fixa) enviou carta anteontem
a Hélio Costa (Comunicações) em que diz ter recebido
com "satisfação as notícias de
intenção do ministro de convocar para debate do tema [as
tarifas do setor] as cinco concessionárias representadas
pela entidade". Desde que assumiu o ministério, em julho,
Hélio Costa comprou briga
com as fixas ao defender o fim
da cobrança da tarifa de assinatura. As teles começam a
ensaiar uma reação.
CLIMA COUNTRY
Para recriar o clima e o ambiente "country" dos rodeios, a
GM montará uma arena e uma
pista "off-road" em uma fazenda
perto de Ribeirão Preto (SP) a
fim do lançamento, de quarta a
sexta que vem, das linhas 2006
dos modelos S10 e Blazer.
QUADRO MAIOR
Resultado dos novos negócios
na área de crédito ao consumo, o
número de colaboradores do
Itaú aumentou cerca de 8% no
primeiro semestre ante o mesmo
período do ano passado. A holding do banco investiu R$ 26 milhões em formação e treinamento de trabalhadores até junho.
NICHO ANIMAL
De olho no crescimento do
mercado eqüestre, que movimenta estimados US$ 3 bilhões no país, acontece na segunda quinzena de novembro em São Paulo o 1º Expo
Eqüi, que pretende reunir toda a cadeia produtiva do segmento. Inspirado em feiras
na Europa, o evento terá representantes de diferentes entidades de raças, iniciativa rara no país. "É um público de
altíssimo poder aquisitivo,
que gira um volume de negócios cada vez maior, em diversas áreas, de clínicas veterinárias a fábricas de ração",
afirma Caio Trevisan, organizador do evento. Com uma
estrutura de 380 mil m2 no
Clube Hípico de Santo Amaro, a feira receberá competições esportivas de diferentes
associações -os prêmios devem chegar a R$ 200 mil-,
além de palestras.
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