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ECONOMIA GLOBAL
Saldo negativo atinge US$ 58,8 bilhões em junho, alta de 6,1%; rombo com China atinge recorde
Petróleo eleva déficit comercial dos EUA
DA FOLHA ONLINE
O déficit comercial dos Estados
Unidos registrou alta de 6,1% em
junho na comparação com maio e
atingiu US$ 58,8 bilhões. O avanço se deve, sobretudo, à alta dos
preços do petróleo, que pressionaram as importações.
Os números divulgados ontem
superam as previsões de analistas,
que esperavam um déficit em torno de US$ 57,2 bilhões.
De acordo com economistas, o
ritmo de crescimento da economia americana -que subiu 3,4%
no segundo trimestre- e o preço
ascendente do petróleo indicam
que o déficit deve continuar aumentando nos próximos meses.
A importação de petróleo atingiu um recorde de US$ 19,9 bilhões, valor 9,8% maior que o
apurado em maio. O preço médio
do barril do petróleo importado
em junho ficou em US$ 44,40, segundo maior preço médio mensal
já registrado, superado apenas
pelos US$ 44,76 de abril.
O déficit dos EUA em relação à
China atingiu em junho o recorde
de US$ 17,6 bilhões, superando os
US$ 16,8 bilhões de outubro passado. Em 2004, o déficit em relação à China atingiu US$ 162 bilhões, o maior já registrado entre
os EUA e um parceiro comercial.
Em termos anualizados, o déficit comercial americano ficou em
US$ 686 bilhões em junho, cerca
de 11% acima do alcançado no
ano passado, US$ 617,6 bilhões.
As Bolsas dos EUA continuaram a trajetória de baixa ontem,
influenciadas pelo aumento do
déficit e pela alta do petróleo.
A Bolsa de Valores de Nova
York registrou queda ontem, com
desvalorizações de 0,8% no índice
Dow Jones e de 0,6% no S&P 500.
A Bolsa eletrônica Nasdaq fechou
em baixa de 0,8%.
O dólar também caiu devido ao
resultado do déficit comercial,
que fez com que os investidores
voltassem a se preocupar com os
"déficits gêmeos" dos EUA (fiscal
e em conta corrente). O euro subiu para US$ 1,2434, ante US$
1,2430 na véspera em Nova York.
O déficit fiscal dos EUA, divulgado na quarta-feira, teve queda
em julho, e tudo indica que pode
fechar o ano fiscal (que termina
em setembro) com total menor
que o registrado em 2004. Apesar
disso, o rombo ainda é grande, e o
resultado da balança comercial
mostra que o déficit em conta corrente deve continuar crescendo.
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