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DÍVIDA
Agência cita aumento das reservas
S&P aumenta "rating" da Venezuela para "B+"
DA REDAÇÃO
A agência de classificação de
risco Standard & Poor's aumentou ontem o "rating" (nota) da dívida da Venezuela de "B" para
"B+", com perspectiva estável. A
S&P atribuiu a mudança ao aumento do superávit em conta corrente do país, ao alto nível de reservas internacionais e à dívida
externa menor.
"Dadas as melhoras nos indicadores externos e o rápido aumento das reservas internacionais, a
Venezuela agora se encontra em
uma posição relativamente boa
para enfrentar choques externos
adversos", disse Richard Francis,
analista de crédito da agência.
As reservas internacionais da
Venezuela chegaram a mais de
US$ 31 bilhões em agosto. O aumento das reservas é resultado do
controle de capitais adotado no
começo de 2003 e da entrada mais
forte de capitais externos devido à
exportação de petróleo.
A Venezuela é um grande exportador de petróleo e vem se beneficiando dos altos preços internacionais do combustível.
Sobre os desafios que a Venezuela enfrenta, Francis diz que "a
falta de melhora nas políticas com
a implementação de medidas
prudentes vai continuar a limitar
o "rating". Além disso, as perspectivas de crescimento vão depender do investimento externo
direto, da diversificação da economia e do investimento no setor
de petróleo e gás do país".
A melhora do "rating" da Venezuela vem apesar do governo do
presidente Hugo Chávez, considerado "antimercados" e populista pelos mercados internacionais. A S&P dá nota "BB-" ao Brasil, um degrau acima da Venezuela, apesar da crise política no país.
O "rating" do Brasil tem perspectiva estável. Brasil e Venezuela encontram-se no chamado "grau
especulativo" (investimentos
considerados arriscados).
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