|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AGRICULTURA
Terceiro levantamento da Conab estima produção de 871 mil sacas a mais do que previsão anterior, feita em abril
Governo prevê aumento da safra de café
FERNANDO ITOKAZU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A produção brasileira de café na
safra 2005/6 foi estimada em 33,3
milhões de sacas, com redução de
15,1% em relação ao volume da
anterior (39,27 milhões).
Os dados são do terceiro levantamento de safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgados ontem, e apresentam crescimento de 2,68% (ou 871
mil sacas) em relação à pesquisa
feita em abril.
"A expectativa, do mercado e do
governo, era de crescimento um
pouco menor em relação a abril",
afirmou o secretário de Produção
e Comercialização do Ministério
da Agricultura, Linneu Carlos da
Costa Lima.
O governo explica a queda em
relação à safra passada devido à
bienalidade -a planta alterna
uma grande produção em um ano
com outra menor no período seguinte-, mas também ao clima
desfavorável na principal área
produtora (a região Sudeste) no
final do ano passado, quando
houve chuvas excessivas.
O clima foi favorável nos últimos meses e é um dos fatores que
explicam o crescimento da safra
em relação ao último levantamento. Os outros, segundo o governo, são a melhoria tecnológica
e o controle fitossanitário.
A produção de café arábica,
com participação de 72,8% na safra do país, é estimada em 24,25
milhões de sacas (a safra anterior
foi 7,47 milhões maior). Serão
9,07 milhões de sacas do café robusta (mais 20,1%, ou 1,52 milhão
de sacas sobre a safra anterior).
Apesar da diminuição da safra,
o governo estima exportar em
2005 o mesmo volume do ano
passado: 26 milhões de sacas. Em
2004, as vendas externas renderam US$ 2,6 bilhões. Como os
preços registraram melhora, o governo estima arrecadar US$ 3 bilhões neste ano.
O consumo interno também
deve se manter no mesmo patamar de 2004 (15 milhões de sacas), mas, de acordo com o governo, os estoques são suficientes para suprir a demanda.
Costa Lima disse que o objetivo
do governo é levar o Brasil, maior
produtor e exportador, também
ao posto de maior consumidor.
Os EUA consomem cerca de 20
milhões de sacas por ano. "Estamos crescendo mais do que eles.
Acredito que, dentro de três a cinco anos, iremos ultrapassá-los."
Texto Anterior: Capitalismo vermelho: Yuan atinge maior valor desde mudança Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|