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AVIAÇÃO
Resultado da empresa no 2º trimestre fica em R$ 167 mi, contra R$ 382 mi em 2004; no semestre, queda é de 30%
Embraer lucra 56% menos e culpa câmbio
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A Embraer anunciou ontem retração de 56,4% em seu lucro líquido no segundo trimestre deste
ano, na comparação com igual
período de 2004. Entre abril e junho, o lucro da empresa foi de R$
166,7 milhões, contra R$ 382,1 milhões registrado no ano passado.
No semestre, o lucro líquido da
fabricante de jatos brasileira ficou
em R$ 401,5 milhões, 30,36% menor do que nos seis primeiros meses de 2004, quando a empresa faturou R$ 576,6 milhões. Em nota,
a empresa apontou a valorização
do real em relação ao dólar como
responsável pelo resultado
"O atual período da nossa economia de forte valorização do real
ante o dólar influenciou de forma
intensa os números apresentados
nessa divulgação trimestral, desde a receita de vendas até o resultado final", afirma a nota.
A Embraer apontou que a cotação média da moeda americana
oscilou de R$ 3,0474 por dólar no
segundo trimestre do ano passado para R$ 2,4778 por dólar em
igual período de 2005, uma valorização de 18,7%. Como mais de
90% das vendas da empresa são
feitas em moeda estrangeira, há a
redução do lucro em reais.
O número de entregas também
caiu. De abril a junho, a empresa
entregou 30 jatos, ante 43 no mesmo período do ano passado. Na
comparação semestral, também
houve queda no número de entregas -60 em 2005 ante 66 em
2004. A previsão da Embraer é entregar 145 aeronaves até o final do
ano.
A companhia também teve queda na receita líquida no segundo
trimestre, que foi de R$ 1,93 bilhão, redução de 36% em relação
a igual período do ano passado.
As ações da Embraer negociadas na Bovespa sofreram desvalorização no segundo trimestre. O
valor das ações ordinárias caiu
8,67%, enquanto o das preferenciais foi de 7,87%.
Consórcio
A norte-americana Lockheed
decidiu manter a Embraer no
consórcio formado para oferecer
aviões de vigilância de próxima
geração para o Pentágono, de
acordo com reportagem do "Wall
Street Journal".
A Lockheed e o Exército dos Estados Unidos concluíram, no início de julho, que o jato ERJ-145
-de 50 assentos e que seria a plataforma das novas aeronaves-
era muito pequeno para o projeto.
A Lockheed e o Exército estavam avaliando aviões maiores, incluindo o Embraer 190 e o Gulfstream 500, da General Dynamics.
Segundo o jornal, o Embraer 190
levou a melhor.
Com a Reuters
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