São Paulo, sábado, 13 de agosto de 2005

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AVIAÇÃO

Resultado da empresa no 2º trimestre fica em R$ 167 mi, contra R$ 382 mi em 2004; no semestre, queda é de 30%

Embraer lucra 56% menos e culpa câmbio

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A Embraer anunciou ontem retração de 56,4% em seu lucro líquido no segundo trimestre deste ano, na comparação com igual período de 2004. Entre abril e junho, o lucro da empresa foi de R$ 166,7 milhões, contra R$ 382,1 milhões registrado no ano passado.
No semestre, o lucro líquido da fabricante de jatos brasileira ficou em R$ 401,5 milhões, 30,36% menor do que nos seis primeiros meses de 2004, quando a empresa faturou R$ 576,6 milhões. Em nota, a empresa apontou a valorização do real em relação ao dólar como responsável pelo resultado
"O atual período da nossa economia de forte valorização do real ante o dólar influenciou de forma intensa os números apresentados nessa divulgação trimestral, desde a receita de vendas até o resultado final", afirma a nota.
A Embraer apontou que a cotação média da moeda americana oscilou de R$ 3,0474 por dólar no segundo trimestre do ano passado para R$ 2,4778 por dólar em igual período de 2005, uma valorização de 18,7%. Como mais de 90% das vendas da empresa são feitas em moeda estrangeira, há a redução do lucro em reais.
O número de entregas também caiu. De abril a junho, a empresa entregou 30 jatos, ante 43 no mesmo período do ano passado. Na comparação semestral, também houve queda no número de entregas -60 em 2005 ante 66 em 2004. A previsão da Embraer é entregar 145 aeronaves até o final do ano.
A companhia também teve queda na receita líquida no segundo trimestre, que foi de R$ 1,93 bilhão, redução de 36% em relação a igual período do ano passado.
As ações da Embraer negociadas na Bovespa sofreram desvalorização no segundo trimestre. O valor das ações ordinárias caiu 8,67%, enquanto o das preferenciais foi de 7,87%.

Consórcio
A norte-americana Lockheed decidiu manter a Embraer no consórcio formado para oferecer aviões de vigilância de próxima geração para o Pentágono, de acordo com reportagem do "Wall Street Journal".
A Lockheed e o Exército dos Estados Unidos concluíram, no início de julho, que o jato ERJ-145 -de 50 assentos e que seria a plataforma das novas aeronaves- era muito pequeno para o projeto.
A Lockheed e o Exército estavam avaliando aviões maiores, incluindo o Embraer 190 e o Gulfstream 500, da General Dynamics. Segundo o jornal, o Embraer 190 levou a melhor.


Com a Reuters

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