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ESTRADAS
Tarifa pode ser reduzida
NovaDutra quer mais praças de pedágio
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
free-lance para a Folha Vale
O diretor-presidente da NovaDutra, Evandro Sarubby, afirmou
ontem que a única alternativa viável para a redução da tarifa de pedágio ao longo da estrada, que está sendo avaliada pelo governo federal, é a criação de novas praças
de cobrança de tarifa.
A empresa pode enviar uma
proposta oficial para o governo,
mas ainda não definiu uma data
para fazer o pedido.
O diretor de concessões rodoviárias do DNER (Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem), Lívio Rodrigues de Assis,
disse ontem que mudanças na
distribuição das praças de pedágio só serão aprovadas se for
mantido o valor pago pelo motorista durante todo o percurso.
O impasse sobre o valor da tarifa foi criado após a greve dos caminhoneiros, quando o governo
suspendeu o reajuste de 8,56%
que seria aplicado neste mês. O
aumento elevaria a tarifa básica,
cobrada para automóveis, de R$
3,50 para R$ 3,80.
O presidente da NovaDutra disse que as novas praças -hoje são
quatro, entre São Paulo e Rio-
permitiriam um aumento no número de motoristas que pagam
pedágio.
Hoje, de acordo com a concessionária, só pagam o pedágio 80
mil dos cerca de 150 mil motoristas que trafegam pela via Dutra.
O modelo defendido pela concessionária prevê a instalação de
praças para impedir que motoristas trafeguem pela rodovia sem
pagar a tarifa.
Atualmente, o motorista que
deixa Jacareí (68 km de SP) rumo
a Taubaté (134 km de SP), passando por São José dos Campos (97
km de SP), as três principais cidades do Vale do Paraíba, fica livre
do pedágio.
Outra alteração na distribuição
das praças de pedágio, na opinião
de Sarubby, poderia impedir que
os motoristas utilizem acessos para outras rodovias sem pagar.
Além de suspender o aumento,
o governo federal criou uma comissão interministerial para negociar as reivindicações dos caminhoneiros, entre elas a que pede a
queda na tarifa do pedágio.
A NovaDutra diz que a manutenção da tarifa está provocando
um prejuízo mensal de R$ 1,4 milhão, para uma receita que varia
de R$ 15 milhões a R$ 17 milhões.
Sarubby praticamente descartou outras propostas que estão
sendo estudadas pelo governo federal, de redução dos investimentos e do número de pessoal nos
serviços ao usuário, por exemplo.
A NovaDutra mantém 500 funcionários em 11 bases operacionais. Há equipes de socorro médico a cada 35 quilômetros de estrada, com uma média de 34 atendimentos por dia. A empresa diz já
ter investido R$ 550 milhões em
obras e equipamentos e R$ 300
milhões em despesas operacionais, o que representaria 70% do
valor previsto na concessão.
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