São Paulo, Sexta-feira, 13 de Agosto de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa e dólar têm dia marcado pela oscilação

da Reportagem Local

As oscilações internas e externas marcaram o comportamento do mercado financeiro ontem.
A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a fechar em baixa, de 0,89%. No mês, a Bovespa acumula queda de 3,79%. Somente três dos nove pregões de agosto fecharam em alta.
O dólar comercial fechou em alta de 0,43%, sendo cotado, para venda, a R$ 1,867 ao final do dia.
Os valores finais da Bolsa e do dólar não representam, no entanto, o comportamento dos mercados durante o dia.
A Bolsa de São Paulo chegou a registrar alta de 1,77% e a cair até 1,05%. Dois fatores técnicos determinaram a oscilação: a variação da Bolsa de Nova York e a movimentação dos investidores por causa da proximidade do vencimento de opções.
Dow Jones iniciou o dia em alta, mas "realizou lucros" durante a tarde -os investidores trocaram papéis valorizados por dinheiro, embolsando a lucratividade obtida.
A Bolsa de Nova York, que operava com alta acima de 1%, recuou para o índice de 0,01%.
Internamente, o mercado já está assistindo ao embate entre "comprados" e "vendidos" no mercado de opções, cujo vencimento é na segunda-feira.
A opção é uma operação feita na Bolsa, geralmente por quem deseja se proteger de quedas futuras no valor dos papéis. Até o vencimento, o titular tem o direito de decidir se compra ou não as ações pelo preço prefixado.
Antes, acontece uma disputa entre quem apostou na alta ("comprados") e quem apostou na baixa ("vendidos") das ações, tentando manipular o mercado.
Ontem, das 49 ações mais negociadas na Bovespa, 24 terminaram em alta, 22 em baixa e 2 estáveis (1 não foi negociada).
O dólar também oscilou durante o dia, chegando à mínima de R$ 1,845 e à máxima de R$ 1,868.
No mercado cambial, o panorama não mudou, disseram operadores. A liquidez continua baixa, não há moeda sendo vendida e os bancos mantêm altas suas reservas em moedas.
A busca por proteção de dólar fez o mercado futuro girar cerca de R$ 6 bilhões ontem.
(MARCELO DIEGO)


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