São Paulo, quinta-feira, 13 de setembro de 2001

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TRIBUTOS

Órgão descarta desaceleração

Receita arrecada 10% menos em agosto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A arrecadação da Receita Federal em agosto foi de R$ 16,9 bilhões, 10,79% menos que em agosto do ano passado. Apesar dos números, o secretário-adjunto da Receita Ricardo Pinheiro disse que não há reflexos do menor ritmo da atividade econômica no recolhimento de impostos.
Um dos principais motivos para a redução na arrecadação foi a menor entrada de recursos de concessões das empresas de telecomunicações. Em agosto, entraram apenas R$ 887,1 milhões contra R$ 3,854 bilhões em 2000.
Segundo Pinheiro, a queda na atividade econômica poderia ser verificada no pagamento de impostos que incidem sobre o faturamento das empresas, como as contribuições sociais. No entanto, em agosto, a arrecadação da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) cresceu 6,58% em relação ao mesmo mês de 2000.
A arrecadação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), porém, vem caindo. A redução no recolhimento de agosto foi de 10,83% em relação a 2000. Pinheiro afirmou que o IPI está mais ligado à ampliação e à reforma dos equipamentos das empresas do que à atividade corrente.
O IPI de automóveis registrou uma queda de 28,81% em agosto por causa da queda de 6,4% nas vendas de veículos.
O secretário informou que a arrecadação do Imposto de Renda de empresas e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) cresceu mais de 100% em agosto porque uma instituição financeira teria pago cerca de R$ 130 milhões de maneira atípica. Pinheiro não quis dar detalhes do pagamento, dizendo que o assunto está sob sigilo fiscal.
Se forem considerados apenas os impostos e contribuições administrados pela Receita, houve um aumento de 6,12% na arrecadação de agosto. Um dos impostos que vêm tendo um bom desempenho é o Imposto de Renda sobre remessas ao exterior, por causa da valorização do dólar.


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