DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Pratini de Moraes (Agricultura) assinou ontem portaria que fixa novos padrões para a qualidade do leite comercializado dentro e fora do Brasil. Os produtores de leite terão de se adequar às novas normas de higiene, resfriamento do produto e condições de transporte até 2005 de forma voluntária.
Segundo Pratini, as medidas visam diminuir as perdas na indústria, que chega a descartar cerca de 30% do leite vindo dos produtores, e enquadrar a qualidade do leite brasileiro aos padrões dos países desenvolvidos.
Para isso o governo liberou R$ 6,8 milhões a fim de equipar seis laboratórios no país e cinco universidades para fazer o controle de qualidade do leite antes de o produto chegar à indústria. E também vai estimular os pequenos e médios produtores a comprar equipamentos para ordenha e resfriamento com recursos do Proleite, que tem R$ 200 milhões.

Fim do leite C
As normas anunciadas ontem serão obrigatórias a partir de 2005. Quem não se adaptar deverá perder mercado, segundo o ministro. Durante o período de adaptação, um quarto tipo de leite será acrescentado na classificação atual de A, B e C.
Esse novo produto irá substituir o leite tipo C até 2005, que deixará de existir. A diferença entre o tipo C e o novo produto são as condições de transporte em que o leite é levado até a indústria.


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