São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 2006

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Mercado Aberto

Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br

Laboratórios propõem preços auto-regulados de remédios

A transição do atual sistema de controle de preços para um modelo de auto-regulação, no qual o governo passa a exercer a função de supervisor, é uma das propostas de um documento que o setor farmacêutico irá encaminhar nos próximos dias aos candidatos à Presidência.
Segundo o documento, a economia brasileira converge hoje para um patamar inflacionário equivalente ao dos países desenvolvidos, e, dessa forma, uma vez que os preços relativos estejam em linha com os internacionais, o controle de preços se torna desnecessário.
"Na melhor das hipóteses, o controle de preços será ocioso, quando não nocivo, ao desenvolvimento setorial, com reflexos para toda a sociedade", diz o relatório intitulado "A Indústria Farmacêutica no Brasil -Uma Contribuição para as Políticas Públicas", que traça um perfil completo do setor.
Elaborado pela Febrafarma, o documento se divide em cinco tópicos: propriedade intelectual, política de preços, tributação e informalidade, acesso a medicamentos e outros temas da regulação. Em cada um desses itens, são apresentadas sugestões para uma nova política para o setor.
"O objetivo é apresentar propostas específicas para o setor sem entrar na macroeconomia", diz Ciro Mortella, presidente da Febrafarma.
Além da auto-regulação, o documento sugere também a revisão de procedimentos e de normas do órgão regulador, a Anvisa, e a criação de um conselho supervisor da política do setor farmacêutico. Seria um órgão formado por profissionais de notório saber para avaliar, sob as óticas econômica e jurídica, as iniciativas propostas pela instância reguladora.
O setor também propõe a redução da carga tributária, como forma de combate à informalidade. As sugestões são de isenção do PIS/Cofins e homogeneização e redução da alíquota do ICMS para 12%.

Submarino lança cartão de crédito com "milhas"
O Submarino acaba de lançar, em parceria com a Cetelem -do grupo BNP Paribas, especializada em financiamento ao consumo-, cartão de crédito com programa de fidelidade.
Entre as vantagens oferecidas está a possibilidade de parcelamento dos produtos do site Submarino em até 24 vezes, com limite para financiamento além do rotativo convencional. O cartão também acumula pontos, que podem ser trocados por mercadorias do site.
"É um cartão muito atrelado ao momento da compra. Damos a solução no momento em que é preciso", afirma Thiago Picolo, diretor da Submarino Finance.
O cartão traz a bandeira Aura e pode ser usado tanto no site quanto na rede credenciada. "Estimamos chegar a 150 mil cartões em 12 meses, com 215 mil transações no mesmo período", afirma Picolo.
A previsão dos investimentos no projeto gira em torno de R$ 100 milhões.

VALE DO B
O Credit Suisse concluiu o primeiro relatório sobre a empresa de mineração MMX, do empresário Eike Batista, que vêm sendo chamada de a "Vale do B". "A MMX é um novo participante do mercado de minério de ferro transportado pelo mar, com projetos competitivos e produtos "premium'; e é uma das mais puras peças em minério de ferro que o mercado tem hoje", diz o relatório. Entre as conclusões do documento, está a expectativa de a taxa de crescimento do setor manter-se em torno de 6% -desde 2000, este mercado cresce cerca de 8%.

SEMINÁRIO
O Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento realiza, sexta-feira, no Rio, o seminário Comunicações, com exposição de Venício Lima (UnB), Marcos Dantas (PUC-RJ) e César Bolaño (UFS). No dia 6 de outubro, ocorrerá a segunda edição, sobre a Questão Metropolitana, com Ermínia Maricato (USP), Aldaíza Sposatti (PUC-SP) e Carlos Vainer (Ippur).

CONFIANÇA
Às vésperas das eleições, os consumidores com renda inferior a dez salários mínimos têm se mostrado mais confiantes na economia, segundo a Fecomercio. Em setembro, sua avaliação teve alta de 6,5% sobre agosto.

PIMENTA SÍRIA
A Câmara de Comércio Árabe Brasileira recebe, hoje, uma missão comercial de empresários sírios que debaterão sobre insumos para a indústria, materiais de construção, móveis, alimentos e tecidos, entre outros.


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