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Bank of America e fundo chinês querem Lehman
Reunião de emergência é feita em NY; ação do AIG cai 31%
DA REDAÇÃO
A história de 158 anos do
Lehman Brothers como uma
instituição independente pode
chegar ao fim neste final de semana, aumentando os rumores
de que o quarto maior banco de
investimento dos EUA será negociado até amanhã.
Segundo o "Financial Times", o Bank of America aparece como o mais provável candidato para o adquirir o Lehman
Brothers. O jornal afirma que o
banco estuda uma compra conjunta com a firma de investimento JC Flowers e o CIC, o
fundo do governo chinês.
Caso o consórcio realmente
leve o Lehman, eles dividiriam
as divisões do banco de investimento. Os banco britânicos
Barclays e HSBC também estariam interessados na aquisição
da instituição americana.
Ontem à noite, a divisão de
Nova York do BC dos EUA fez
uma reunião de emergência
com os principais executivos de
Wall Street para discutir o futuro do Lehman e dos mercados
financeiros americanos. Estavam na reunião, entre outros, o
secretário do Tesouro, Henry
Paulson, dirigentes da SEC (a
CVM americana), do Merrill
Lynch e do Morgan Stanley.
"Nada além de um milagre
pode salvar o Lehman Brothers
do jeito que ele é hoje. É altamente improvável que o Lehman continue existindo na segunda-feira de manhã", afirmou Anthony Sabino, professor da Universidade St. John.
A grande dúvida que cerca os
mercados é como será a ajuda
do governo. Pessoas próximas a
Paulson afirmam que ele está
determinado a não colocar dinheiro federal no banco.
A posição de Paulson é diferente da adotada no final de
março, quando a compra do
Bear Stearns pelo JPMorgan
foi bancada pelo BC dos EUA.
A mudança de atitude do secretário, dizem pessoas ligadas
a ele, deve-se principalmente a
dois fatos: o mercado já sabe há
bastante tempo dos problemas
do Lehman e, portanto, pode se
preparar e, diferentemente de
março, os bancos de investimento podem pegar empréstimos direto do Fed, o que até então só era permitido para as
instituições comerciais.
Mas, sem a ajuda do governo,
a dúvida é qual instituição irá
querer o Lehman, que perdeu
quase US$ 7 bilhões entre o segundo e o terceiro trimestres
fiscais. O BofA, por exemplo,
ainda está assimilando a aquisição da Countrywide Financial,
a maior empresa de concessão
de crédito imobiliário dos EUA.
Com o banco parecendo caminhar para a sua venda, as
ações do Lehman Brothers tiveram ontem mais um dia de
queda, desvalorizando-se em
13,51%. Elas -que terminaram
a semana passada valendo US$
16,20- encerraram o pregão de
ontem cotadas a US$ 3,65.
Ontem, as ações da seguradora AIG tiveram o pior dia de sua
história, ao recuar 30,6%, sob o
temor de que a empresa registre fortes perdas contábeis em
seus próximos balanços, em razão de sua elevada exposição a
títulos hipotecários.
Dados
O PPI (índice de inflação ao
produtor, na sigla em inglês) teve deflação de 0,9% no mês passado, depois de se expandir em
1,2% em julho. Foi a maior queda do índice de inflação em
quase dois anos.
Já o núcleo do índice (que exclui os preços de alimentos e
energia, mais voláteis) subiu
0,2% ante julho, quando a alta
foi de 0,7%.
Com agências internacionais
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