São Paulo, domingo, 13 de setembro de 2009

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1 ano de crise

Tombo do mercado financeiro iniciado nos EUA afeta indústria, emprego e juros

Passado um ano desde a quebra do banco Lehman Brothers, nos Estados Unidos, o colapso total temido por economistas não se concretizou. Embora seja cedo para afirmar que a crise acabou -especialmente em países ricos, como EUA e os da zona do euro, onde a recessão perdura-, o ritmo de queda é menor em todo o mundo. Nos emergentes Brasil, Rússia, Índia e China, pelo contrário, a recessão técnica ficou para trás. O ritmo de crescimento pré-crise, contudo, segue distante.

2009
Voz aos emergentes
John Stillwell - 1º.abr.2009/France Presse
Lula (ao centro) e líderes do G20 (grupo das maiores economias) posam para foto em encontro em Londres, onde o Brasil pediu mais participação dos países emergentes no pós-crise. Em plena retomada, os emergentes exigem mais participação no G20 , no Banco Mundial e no FMI (Fundo Monetário Internacional)

CRÉDITO
Com a crise, os bancos ficaram mais seletivos para emprestar, com medo de calotes. O crédito escasseou e encareceu também no Brasil. Com isso, bancos públicos, como BB e Caixa, assumiram a dianteira para estimular o mercado.

VAREJO
O consumo das famílias se manteve aquecido durante a crise e foi um dos responsáveis por atenuar a queda do PIB brasileiro no último trimestre de 2008 e nos três primeiros meses deste ano. A crise foi sentida no varejo, mas, em áreas menos dependentes de crédito (como bens não duráveis), foi menor do que o temido

JUROS
O governo reduziu os juros cobrados em linhas do BNDES para estimular empresários a vencer a incerteza e investir. O Banco Central também reduziu a taxa básica de juros ao menor patamar da história

INVESTIMENTOS
No ano passado, o crescimento da economia estava acelerado. Com isso, as empresas planejavam expandir negócios quando a crise irrompeu e represou demanda e crédito. Além disso, com a queda do PIB, a confiança dos empresários se deteriorou e muitos esperam sinais mais claros de superação da crise para voltar a investir

ESTÍMULOS
Para auxiliar empresas que ficaram mais expostas à crise, o governo cortou impostos. A principal medida, que surtiu efeito, foi a redução de IPI a automóveis e eletrodomésticos da linha branca

EMPREGO
Desde setembro de 2008, a criação de postos de trabalho no Brasil diminuiu e, em dezembro, atingiu o pior resultado desde 1992. A recuperação começou em fevereiro, mas as vagas perdidas durante a crise ainda não foram reabertas. A indústria foi o setor mais afetado


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