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Exportações demoram a se recuperar
da Redação
Apesar dos ganhos de
competitividade da indústria instalada no Brasil, reforçados pela desvalorização
do real em janeiro, as exportações brasileiras de produtos manufaturados ainda
não reagiram.
No período de janeiro a julho, para o qual há dados
mais detalhados, as exportações de manufaturados
mostram queda de 15,3%.
A explicação, tanto da CNI
quanto da Funcex, está na
retração da demanda mundial a partir de 97, particularmente da América Latina.
Críticos do governo reconhecem esse efeito, mas argumentam que a valorização do real, a abertura comercial abrupta e as altas taxas de juros liquidaram boa
parte das indústrias do país.
Também chamam a atenção para a grande dependência de insumos e bens de
capital importados. Produzir mais significa importar
mais, o que dificulta a geração de superávits.
Fernando Ribeiro, professor da PUC-Rio e consultor
da Funcex, discorda. Muitos
setores se ajustaram e estão
competitivos, afirma ele, citando calçados, siderurgia e
celulose, entre outros.
O coeficiente de insumos
importados no valor da produção industrial cresceu,
mas de 3,2% em 1990 para
5,8% em 1998, ainda relativamente baixo, diz Ribeiro.
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