São Paulo, Segunda-feira, 13 de Setembro de 1999
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Exportações demoram a se recuperar

da Redação

Apesar dos ganhos de competitividade da indústria instalada no Brasil, reforçados pela desvalorização do real em janeiro, as exportações brasileiras de produtos manufaturados ainda não reagiram.
No período de janeiro a julho, para o qual há dados mais detalhados, as exportações de manufaturados mostram queda de 15,3%.
A explicação, tanto da CNI quanto da Funcex, está na retração da demanda mundial a partir de 97, particularmente da América Latina.
Críticos do governo reconhecem esse efeito, mas argumentam que a valorização do real, a abertura comercial abrupta e as altas taxas de juros liquidaram boa parte das indústrias do país.
Também chamam a atenção para a grande dependência de insumos e bens de capital importados. Produzir mais significa importar mais, o que dificulta a geração de superávits.
Fernando Ribeiro, professor da PUC-Rio e consultor da Funcex, discorda. Muitos setores se ajustaram e estão competitivos, afirma ele, citando calçados, siderurgia e celulose, entre outros.
O coeficiente de insumos importados no valor da produção industrial cresceu, mas de 3,2% em 1990 para 5,8% em 1998, ainda relativamente baixo, diz Ribeiro.


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