São Paulo, domingo, 13 de outubro de 2002

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Assessoria nega interesse em comentários

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A assessoria de George Soros informou que o financista não está mais no dia-a-dia das decisões do Soros Fund Management, empresa especializada em administrar fundos de capitais, já responsabilizada por participar de ataques especulativos a países que foram levados à bancarrota, como a Rússia e a Malásia.
"Os comentários de George Soros sobre o Brasil vêm no contexto da contínua crítica que ele tem feito do sistema financeiro internacional, pela qual ele é bem conhecido e que precede a atual turbulência no Brasil."
A assessoria disse que suas declarações não são o caso de "levando sua boca aonde seu dinheiro está" (tradução de expressão comum no mercado financeiro internacional, "putting his mouth where his money is") -no sentido de fazer comentários segundo o interesse de seus investimentos no mercado.
De acordo com a assessoria, a primeira vez em que ele levantou essas idéias foi em seu livro "George Soros sobre Globalização", lançado nos EUA em março e que deve ser publicado no Brasil no próximo mês.
Em artigo publicado no "Financial Times" em agosto, Soros afirmou que o sistema financeiro internacional está falido, "no sentido de que não provê capital adequado para países que dele mais necessitam e que têm direito a esses recursos". Segundo ele, os mercados financeiros internacionais sugam a maior parte das poupanças mundiais para o centro (os países ricos), mas não bombeiam o dinheiro de volta para a periferia.
Segundo sua assessoria, Soros estava em viagem, por isso não teria respondido diretamente à Folha.



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