DA SUCURSAL DO RIO

O Programa de Financiamento de Bens de Capital sob Encomenda, voltado para empréstimos a indústrias que produzem máquinas e equipamentos, deu o primeiro sinal de vida na semana passada. O BNDES recebeu a consulta formal de uma empresa, cujo nome não foi divulgado, que está interessada em obter recursos de R$ 56 milhões.
O programa tem orçamento de R$ 500 milhões. No lançamento da política industrial em março deste ano, o governo federal afirmou que esse montante estava liberado para financiar empresas ainda em 2004. A vigência vai até 31 de julho de 2007.
A consulta é apenas o primeiro passo para uma empresa receber financiamento do BNDES. Se o projeto apresentado interessar ao banco, ele passará pela etapa de enquadramento, análise e aprovação pela diretoria da instituição, quando, finalmente, haverá a contratação de fato, com a liberação dos recursos.
"É uma linha para viabilizar o capital de giro para a grande empresa de máquinas construir equipamentos e poder ser competitiva. Quem vai pegar esse empréstimo é o grande fabricante de máquinas", explicou o secretário de Desenvolvimento de Produção do Ministério do Desenvolvimento, Carlos Gastaldoni.
Diferentemente do Modermaq, o programa de bens de capital não sofreu atrasos na sua implementação. Segundo o chefe de Departamento de Indústria Pesada do BNDES, Caio Britto, como o programa de bens de capital é novo e envolve financiamentos vultosos, é natural que o empresariado demore mais para tomar a decisão de novos investimentos.
"Leva tempo para ser divulgado, leva tempo para ser entendido e leva mais tempo ainda para que as empresas cheguem ao BNDES e a gente consiga estruturar uma operação viável", disse Britto.


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