São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 2006

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Tele faz assembléia hoje para votar mudança acionária

DA SUCURSAL DO RIO

A Telemar realiza hoje, no Rio, a assembléia extraordinária de acionistas para votar a proposta de reestruturação do capital da empresa, que, se aprovada, eliminará a figura do sócio controlador. Pela proposta, todas as ações preferenciais (sem direito a voto) serão convertidas em ordinárias e terão direito a voto.
Dois fundos de investimento estrangeiros -Brandes Partners (Estados Unidos) e Genesis (Reino Unido)- já declararam que votarão contra a oferta, porque consideram injusta a relação de troca entre ações preferenciais e ordinárias proposta pela empresa: 2,6 ações preferenciais serão convertidas em uma ação ordinária.
A Amec (Associação dos Investidores do Mercado de Capitais) divulgou nota de apoio à reestruturação, mas com crítica à proporção de troca entre preferenciais e ordinárias. O superintendente da entidade, Edson Garcia, diz que a relação de troca é injusta com o "preferencialista". A entidade recomenda que os acionistas reflitam bem antes de tomar a decisão. A Amec tem entre seus associados os bancos Itaú, ABN, Brascan e Bradesco.
Segundo Marcos Duarte, sócio da Capital Management, as ações preferenciais representam hoje 57% do capital total da empresa e serão diluídas para 36% na nova estrutura. Para ele, a proposta favorece os atuais controladores: BNDES, fundos de pensão, grupos La Fonte, AG Telecom e GP Investimentos.
Só os detentores de ações preferenciais poderão votar na assembléia. A expectativa do mercado financeiro é a de que não seja alcançado o quórum mínimo exigido, de 50% dos acionistas. Nesse caso, haverá nova convocação, com o mesmo quórum. Na terceira convocação, o quórum diminui para 25% dos acionistas. A Telemar reservou a casa de shows Scala, no Leblon (zona sul do Rio), para acomodar os acionistas, na eventualidade de um comparecimento maciço.
O presidente da Telemar, Luiz Falco, diz que se reuniu com investidores em vários países e nenhum deles teria dito qual proporção considerava justa. "Nenhuma outra proposta seria considerada boa", disse. Afirmou ainda que, se a pulverização for aprovada, o BNDES ficará com 8% do capital total e será o maior acionista. Na semana passada, o banco aprovou financiamento de R$ 2,4 bilhões à Telemar. (EL)


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