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Alta de gastos desagrada
ao mercado
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar do lucro recorde,
o reajuste e os bônus pagos
a funcionários pesaram
negativamente no balanço
da Petrobras e foram a
principal causa do aumento de R$ 2,4 bilhões nas
despesas operacionais no
terceiro trimestre.
O avanço da despesa
operacional foi apontado
por especialistas como
uma das causas da forte
queda das ações da empresa, um dia após a estatal
anunciar lucro trimestral
recorde (R$ 10,85 bilhões).
Segundo o diretor-financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, o reajuste
médio de 9,9% concedido
em setembro e o pagamento de bônus de 80% do
valor do salário a todos os
funcionários consistem na
maior fonte de pressão das
despesas operacionais.
Os gastos cresceram
ainda, diz, em razão da
ociosidade das usinas termelétricas da companhia
-que não operaram por
causa da menor demanda
por energia- e por desembolsos ocasionados por
multas contratuais. Além
dos reajustes, ele citou o
aumento do número de
funcionários como fonte
da alta dos custos. "Já admitimos, desde 2002, mais
de 25 mil funcionários."
Segundo o BB Investimentos, as margens operacionais da companhia
foram "as piores da história" -o lucro foi assegurado pela expansão do resultado financeiro, impulsionado pela alta do dólar. O
banco projeta "redução
expressiva" da receita e do
lucro nos próximos trimestres em razão do recuo
da cotação do petróleo.
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