São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2008

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Alta de gastos desagrada ao mercado

DA SUCURSAL DO RIO

Apesar do lucro recorde, o reajuste e os bônus pagos a funcionários pesaram negativamente no balanço da Petrobras e foram a principal causa do aumento de R$ 2,4 bilhões nas despesas operacionais no terceiro trimestre.
O avanço da despesa operacional foi apontado por especialistas como uma das causas da forte queda das ações da empresa, um dia após a estatal anunciar lucro trimestral recorde (R$ 10,85 bilhões).
Segundo o diretor-financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, o reajuste médio de 9,9% concedido em setembro e o pagamento de bônus de 80% do valor do salário a todos os funcionários consistem na maior fonte de pressão das despesas operacionais.
Os gastos cresceram ainda, diz, em razão da ociosidade das usinas termelétricas da companhia -que não operaram por causa da menor demanda por energia- e por desembolsos ocasionados por multas contratuais. Além dos reajustes, ele citou o aumento do número de funcionários como fonte da alta dos custos. "Já admitimos, desde 2002, mais de 25 mil funcionários."
Segundo o BB Investimentos, as margens operacionais da companhia foram "as piores da história" -o lucro foi assegurado pela expansão do resultado financeiro, impulsionado pela alta do dólar. O banco projeta "redução expressiva" da receita e do lucro nos próximos trimestres em razão do recuo da cotação do petróleo.


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