São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

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Pela 4ª vez, Fed mantém juros dos EUA em 5,25%

BC americano sinaliza que não deve alterar taxa

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK

Pela quarta reunião consecutiva, e a última em 2006, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) manteve ontem os juros básicos da economia americana em 5,25% ao ano. Em agosto, o Fed interrompera um ciclo de dois anos de aperto monetário, o mais longo em sua história, para conter a inflação.
Para o próximo ano, analistas esperam uma série de reduções do custo do dinheiro.
Ontem, as taxas futuras de juro nos EUA oscilaram entre estabilidade e leve alta após a reunião. Tais taxas indicam que a pausa nos movimentos do Fed deve continuar. A chance de que o BC cortará o juro em janeiro seguiu em 6%, e as perspectivas de um corte em março subiram de 24% para 26%.
"As leituras do núcleo da inflação ficaram elevadas, e os altos níveis de utilização de recursos têm o potencial de sustentar as pressões inflacionárias. Mas as pressões da inflação parecem inclinadas a se moderarem com o tempo, refletindo um ímpeto reduzido nos preços da energia, expectativas contidas de inflação e os efeitos cumulativos das ações de política monetária [...] Não obstante o comitê julga que algum risco de inflação permanece", diz o comunicado do Fed, de apenas cinco parágrafos.
"O Fed está excessivamente preocupado com a inflação. Os dados são suficientemente favoráveis a uma queda nos juros", disse Kevin Hassett, diretor do American Enterprise Institute, grupo de tendência conservadora dos EUA.
Tal preocupação, segundo analistas, ajudou a levar as Bolsas americanas a fechar em baixa ontem. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 0,10%, e a Nasdaq, 0,46%.
Em outubro, os preços nos EUA caíram 0,5%, e o núcleo (que exclui alimentos e energia, mais voláteis) subiu 0,1%, menor avanço em 13 meses.
Também ontem, o governo americano divulgou que o déficit comercial do país recuou para US$ 58,9 bilhões em outubro, o menor nível desde agosto de 2005, devido à queda nos preço do petróleo. A queda foi de 8,4% ante setembro.


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