São Paulo, domingo, 13 de dezembro de 1998

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CONJUNTURA

Produção industrial deve cair nos EUA


das agências internacionais

A economia dos EUA deverá dar sinais mais visíveis de que está perdendo ritmo a partir dos informes que serão divulgados na próxima semana, afirmam analistas.
Um dos principais indicadores é o da produção industrial, que deve ser divulgado nesta quarta-feira pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano. O Departamento de Comércio também revela na quinta-feira os números referentes à balança comercial.
A opinião de analistas é que os indicadores deverão refletir os efeitos na indústria do país da queda do preço dos importados e do volume das exportações norte-americanas.
Estima-se que a produção industrial caiu 0,4% em novembro. Se o recuo for mesmo confirmado, será a sexta vez em 11 meses que o indicador não registra alta.
O índice que mede o aproveitamento das plantas industriais deverá cair para 80,4% em novembro, seu nível mais baixo desde setembro de 1992. Em outubro, o índice já havia recuado para 81,1%.
"As pressões deflacionárias estão crescendo, e não retrocedendo", afirma Brian Wesbury, economista-chefe do Grifin, Kubik, Stephens & Thompson, um fundo de investimentos em Chicago. A recessão no Japão e a crise em economias da Ásia e da América Latina reduziu a demanda e os preços de produtos exportados pelos EUA.
O fortalecimento do dólar em relação ao iene japonês diminuiu o preço dos produtos importados para o mercado norte-americano. O cenário está levando vários produtores do país a realizar mudanças drásticas em suas estratégias.
A expectativa é que o déficit na balança comercial do país este ano fique entre US$ 160 bilhões e US$ 165 bilhões. A cifra deve superar, assim, o recorde de US$ 153 bilhões que havia sido registrado em 1987.
O índice de preços ao consumidor deve ter aumentado 0,1% em novembro, depois de ter registrado elevação de 0,2% em outubro, afirmam analistas.
Desde 29 de setembro, o presidente do Fed, Alan Greenspan, já anunciou três cortes nos juros, que caíram de 5,5% para 4,75%, em uma tentativa de manter o ritmo de crescimento do país e evitar os efeitos da crise mundial.



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