das agências internacionais

O mercado norte-americano reagiu bem ontem ao anúncio de novos indicadores econômicos nos Estados Unidos, que confirmaram que a inflação permanece sob controle no país.
Os preços no atacado nos EUA subiram 0,3% em dezembro, dentro das expectativas dos analistas. O aumento foi provocado em grande parte pela alta dos preços do petróleo. Em novembro, o índice havia crescido 0,2%.
A "core rate", que exclui alimentos e energia, aumentou 0,1%, depois de ter ficado sem alteração no mês de novembro. O crescimento de 0,1% no mês passado também correspondeu às expectativas do mercado.
O governo norte-americano anuncia hoje o índice de preços no varejo. Estima-se que a taxa tenha registrado em dezembro um crescimento de 0,3%, depois de ter subido 0,1% em novembro. Espera-se que a "core rate" tenha subido 0,2% em dezembro, o mesmo que no mês anterior.
O mercado também aguardava para ontem à noite um pronunciamento que o presidente do Fed (o Banco Central norte-americano), Alan Greenspan, faria a economistas em Nova York.
Em 1999, o índice de preços no atacado acumulou uma alta de 3%. No ano anterior, o mesmo índice não registrou alteração. Em 1997, os preços no atacado registraram queda de 1,22%.
A "core rate" subiu 0,9% no ano passado, menos que os 2,5% registrados em 1998. Em 1997, a taxa fixou inalterada.
O aumento do índice de preços no atacado no ano passado foi o maior desde 1990, quando a invasão do Kuait pelo Iraque pressionou os preços do petróleo no mercado mundial.
Analistas dizem que, apesar do aumento do indicador em relação ao mês de novembro, o mercado pode ficar relativamente tranquilo devido à variação da "core rate", que permaneceu baixa. Isso significa que, descontando os itens mais voláteis da economia, os preços nos EUA permanecem sob controle.

Vendas
Ontem, os Estados Unidos também divulgaram que as vendas no varejo subiram 1,2% em dezembro, mais que o esperado pelos analistas. Foi o melhor ano para o setor desde 1984.
Em novembro, as vendas no varejo registraram um aumento de 1,1%. No total, o indicador registrou um crescimento de 8,9% em todo o ano, o maior resultado desde o aumento de 10% registrada 15 anos atrás.
Os preços dos produtos importados subiram 0,7% em dezembro e alcançaram seu valor mais alto no ano passado desde 1990. Somente o petróleo teve um aumento de 8,6% em dezembro.
Ontem, o governo norte-americano divulgou também que os pedidos de seguro-desemprego na semana passada não tiveram alteração e ficaram em 309 mil.
Em novembro, esse número havia alcançado o patamar de 266 mil pedidos, o nível mais baixo em 26 anos, um sintoma de que o mercado de trabalho estava extremamente aquecido.
O leve aumento nesse indicador é um sinal de que os salários não poderão subir muito e que as pressões inflacionárias vão permanecer sob controle.



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