São Paulo, terça-feira, 14 de janeiro de 2003
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Números finais A Bolsa de Mercadorias & Futuros divulgou ontem o balanço dos contratos negociados no mercado futuro agrícola. O total atingiu o recorde de 766 mil contratos, superando em 2,4% os de 2001. O volume financeiro de 2002 atingiu R$ 10 trilhões, com alta de 5% em relação aos negócios de 2001. Boi lidera A BM&F divulgou que o boi foi um dos destaques, somando 152 mil contratos e elevação de 66% em relação ao mesmo período de 2001. Outro grande destaque ficou para o milho, que teve aumento de 1.262% no total de contratos negociados. Em 2002, foram 16,5 mil. Queda no café Os negócios com café não acompanharam a média dos demais produtos. Os dados da BM&F apontam para uma redução de 6% em 2002 no volume de contratos negociados, somando 446 mil. Os negócios com opções de compra e de venda, no entanto, subiram. Álcool e açúcar Os negócios com álcool e açúcar também recuaram no ano passado no mercado futuro da BM&F. Foram negociados 63 mil contratos de álcool, com queda de 6%, enquanto a redução no volume de negócios com açúcar foi de 49%. Joint venture As Bolsas argentinas poderão se associar à BM&F na formação de uma joint venture para desenvolver um mercado comum de negociações de produtos agrícolas. Os negócios começariam por soja, milho e trigo. A moeda e os locais de negociações serão decididos conforme a importância do produto em cada país. Ritmo acelerado A balança comercial do agronegócio começa o ano em ritmo acelerado. É o que mostram os dados divulgados ontem pelo Siscomex. As exportações de soja superam em 107% as do mesmo período de 2002; as de açúcar, 127%; as de suco de laranja, 137%; as de café 43%, e as de carnes, 33%. Mais cereais Os dados do Siscomex mostram, no entanto, que as importações de cereais começam o ano com evolução de 14% sobre as do início de 2001. Nas duas primeiras semanas, a média diária de gastos foi de US$ 5,8 milhões. Já as importações de adubos e fertilizantes recuaram 35%, e as leite, 26%. Desastre australiano A exportadora AWB australiana agora prevê que a safra de trigo da Austrália recue para 9,5 milhões de toneladas. Uma forte queda diante dos 24,5 milhões de toneladas da safra anterior. A redução se deve à contínua seca na região no período de safra. Capacidade em dobro A ADM poderá dobrar a capacidade de moagem de soja na unidade de Rondonópolis (MT). A expansão da capacidade acompanharia a elevação de produção de soja em Mato Grosso, o maior produtor nacional do produto. Preços favoráveis O excesso de chuvas comprometeu a lavoura de fumo no Sul, afetando a produção e a qualidade do produto. Os preços atuais superam em 18,7% os da safra 2001/2, diz Methodio Groxko, do Deral paranaense. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: BC rola 96,9% do vencimento de quinta Próximo Texto: Panorâmica - Empresas 1: WorldCom estuda novo nome para manter imagem Índice |
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