DA REPORTAGEM LOCAL

Correr maiores riscos em busca de rentabilidades mais interessantes tem sido a motivação do investidor brasileiro nos últimos tempos. Tanto que em 2007 as duas categorias que mais se destacaram no mercado de fundos nacional foram as de multimercados e ações.
A valorização de 43,65% alcançada pela Bolsa de Valores de São Paulo no ano passado, sua maior alta desde 2003, representou o quinto ano seguido de ganhos para o mercado acionário doméstico.
"Este ano tende a ser novamente favorável para a Bolsa, mas com muita volatilidade. A tendência é que as ações fiquem acima dos juros mais uma vez, premiando aqueles que aceitarem correr mais riscos", diz a consultora de investimentos Márcia Dessen, da Bankrisk.
No balanço da indústria de fundos em 2007, os multimercados apareceram como a categoria líder no que se refere à captação líquida, com R$ 26,84 bilhões. Em seguida ficaram os fundos de ações, onde as aplicações bateram os saques em R$ 18,29 bilhões no ano.
Os multimercados são fundos nos quais os gestores podem aplicar os recursos das carteiras em diferentes segmentos, passando por ações, títulos que pagam juros e câmbio. Dessa forma, costumam representar riscos menores que os oferecidos pelas ações.
"O bom desempenho da Bolsa em 2007 acabou por favorecer os fundos de ações e os multimercados", diz Fábio Colombo, administrador de investimentos.
Com o aumento das captações, os multimercados passaram a ser o segundo maior segmento do mercado brasileiro, detendo 24,23% do total aplicado. Os fundos de ações contam com quase 13% do mercado. (FV)


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