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São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 2003

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Guerra e frio afastam americanos das lojas

DA REDAÇÃO

A perspectiva de guerra contra o Iraque e as fortes nevascas que atingiram os EUA afastaram os norte-americanos das lojas no mês passado, e o varejo registrou uma abrupta queda de 1,6% nas suas vendas, o maior recuo desde a época dos atentados de 2001. O aumento do desemprego também pesa.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, a queda nas vendas do varejo foi a mais acentuada desde novembro de 2001. O índice ficou bem abaixo das expectativas dos analistas de Wall Street, que esperavam um recuo de 0,4%.
Longe de se concentrar em apenas uma categoria, a queda nas vendas ocorreu em vários produtos, como carros, materiais de construção, vestuário e móveis. Excluindo-se carros e gasolina (itens mais voláteis), o recuo do varejo ficaria em 1,4% -o maior desde setembro de 2001, quando aconteceram os atentados terroristas a Nova York e Washington.
"São números decepcionantes", resumiu Cary Leahey, economista sênior do Deutsche Bank Securities em Nova York. "O relatório [do Departamento de Comércio" está em algum lugar entre o ruim e o sombrio."

O peso do consumo
O consumo é a locomotiva da economia norte-americana, responsável por dois terços do PIB (Produto Interno Bruto). Mesmo durante a recessão de 2001, ele se manteve relativamente estável, evitando uma freada ainda maior na atividade.

Desemprego
Já o Departamento de Trabalho informou que 420 mil pessoas entraram com o pedido de seguro-desemprego na semana passada. O número ficou abaixo do registrado na semana antecedente, mas está acima do patamar de 400 mil, que, segundo os analistas, indica recessão no mercado de trabalho. (DA REDAÇÃO)


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