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Fundo está sendo pressionado por ricos e pobres
do enviado especial a Washington
A reunião semestral do Fundo
Monetário Internacional tem desta vez um caráter particular. O
FMI está sendo pressionado para
mudar tanto pelos governos dos
países ricos quanto por organizações não-governamentais que dizem defender os mais pobres.
Não é à toa que a agenda dos debates marcados para o sábado e o
domingo prevêem propostas de
reforma.
Ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais de 26
países irão debater qual a nova
orientação para o Fundo. Algumas direções já estão claras. O
FMI deve se submeter a um maior
grau de vigilância externa. Também exercerá maior fiscalização
sobre os países que recebem ajuda financeira.
Uma das propostas é a contratação de auditorias independentes
para checar os números fornecidos pelos países em dificuldade.
Pressionado pelos países ricos a
gastar melhor os recursos, o FMI
está promovendo uma reforma
na sua estrutura de funcionamento. Está sendo proposta também a
contratação de auditorias externas para checar as contas dos BCs
de países que pegarem empréstimos.
O BC brasileiro, por exemplo,
seria sujeito a uma auditoria para
checar se os números das reservas
são verdadeiros, se os controles
internos são fiéis à realidade e
qual a relação da instituição com
o governo.
(RG)
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