São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2000


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Fundo está sendo pressionado por ricos e pobres

do enviado especial a Washington

A reunião semestral do Fundo Monetário Internacional tem desta vez um caráter particular. O FMI está sendo pressionado para mudar tanto pelos governos dos países ricos quanto por organizações não-governamentais que dizem defender os mais pobres. Não é à toa que a agenda dos debates marcados para o sábado e o domingo prevêem propostas de reforma.
Ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais de 26 países irão debater qual a nova orientação para o Fundo. Algumas direções já estão claras. O FMI deve se submeter a um maior grau de vigilância externa. Também exercerá maior fiscalização sobre os países que recebem ajuda financeira.
Uma das propostas é a contratação de auditorias independentes para checar os números fornecidos pelos países em dificuldade. Pressionado pelos países ricos a gastar melhor os recursos, o FMI está promovendo uma reforma na sua estrutura de funcionamento. Está sendo proposta também a contratação de auditorias externas para checar as contas dos BCs de países que pegarem empréstimos.
O BC brasileiro, por exemplo, seria sujeito a uma auditoria para checar se os números das reservas são verdadeiros, se os controles internos são fiéis à realidade e qual a relação da instituição com o governo. (RG)


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