São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2000


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AUTO-ELOGIO
Greenspan defende os últimos aumentos
Sem a alta dos juros, inflação seria maior

das agências internacionais

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Alan Greenspan, defendeu ontem a decisão de aumentar cinco vezes as taxas de juros de curto prazo nos últimos dez meses, apesar da aparente falta de pressão inflacionária.
Greenspan negou, no entanto, que o Fed estivesse tentando deflacionar os mercados de ações, de modo a administrar o "efeito riqueza" -ou seja, o aumento na confiança e nos gastos dos consumidores causado por ganhos relacionados às Bolsas.
Em um discurso no Comitê Bancário do Senado norte-americano, Greenspan se recusou a comentar diretamente de que maneira a decisão do Fed de elevar os juros desde junho passado poderia estar afetando os mercados de ações. Ele disse, no entanto, que o Fed não estava tentando "contradizer o julgamento de milhões de investidores".
"Eu dificilmente gostaria de me envolver em um exercício de tentar determinar em que ponto os preços devem se estabilizar", declarou ele. "Temos um mercado excepcionalmente eficiente e acho que deveríamos estar bastante felizes com isso."
Os comentários de Greenspan surgem em meio a uma pesada onda de vendas de ações, principalmente as do setor de tecnologia. Alguns economistas atribuíram a volatilidade em parte aos sucessivos aumentos de juros decretados pelo Fed, com o objetivo de esfriar uma economia que continua a mostrar poucos sinais de que tirará o pé do acelerador e também para servir como medida preventiva contra a inflação.
Mas, embora Greenspan tenha frequentemente atribuído o ímpeto da economia ao chamado "efeito riqueza", ele declarou que o Fed não estava interessado em administrar essa riqueza, mas apenas em cuidar da disparidade entre ela e os fundamentos da economia.



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