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AUTO-ELOGIO
Greenspan defende os últimos aumentos
Sem a alta dos juros, inflação seria maior
das agências internacionais
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Alan Greenspan,
defendeu ontem a decisão de aumentar cinco vezes as taxas de
juros de curto prazo nos últimos
dez meses, apesar da aparente
falta de pressão inflacionária.
Greenspan negou, no entanto,
que o Fed estivesse tentando deflacionar os mercados de ações,
de modo a administrar o "efeito
riqueza" -ou seja, o aumento
na confiança e nos gastos dos
consumidores causado por ganhos relacionados às Bolsas.
Em um discurso no Comitê
Bancário do Senado norte-americano, Greenspan se recusou a
comentar diretamente de que
maneira a decisão do Fed de elevar os juros desde junho passado
poderia estar afetando os mercados de ações. Ele disse, no entanto, que o Fed não estava tentando "contradizer o julgamento de
milhões de investidores".
"Eu dificilmente gostaria de
me envolver em um exercício de
tentar determinar em que ponto
os preços devem se estabilizar",
declarou ele. "Temos um mercado excepcionalmente eficiente e
acho que deveríamos estar bastante felizes com isso."
Os comentários de Greenspan
surgem em meio a uma pesada
onda de vendas de ações, principalmente as do setor de tecnologia. Alguns economistas atribuíram a volatilidade em parte aos
sucessivos aumentos de juros
decretados pelo Fed, com o objetivo de esfriar uma economia
que continua a mostrar poucos
sinais de que tirará o pé do acelerador e também para servir como medida preventiva contra a
inflação.
Mas, embora Greenspan tenha
frequentemente atribuído o ímpeto da economia ao chamado
"efeito riqueza", ele declarou que
o Fed não estava interessado em
administrar essa riqueza, mas
apenas em cuidar da disparidade
entre ela e os fundamentos da
economia.
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