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Taxa, no entanto, é menor que os 149,59% de janeiro, segundo a Anefac
Juro ao consumidor sobe em março para 142,2% ao ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Os juros cobrados dos consumidores tiveram uma pequena alta no mês passado em relação a fevereiro, segundo levantamento
divulgado ontem pela Anefac
(Associação Nacional dos Executivos de Finanças).
A taxa média para pessoa física
foi de 149,59% ao ano em janeiro,
caiu para 141,39% em fevereiro e
subiu para 142,2% ao ano em
março. Essa taxa é uma média dos
juros cobrados por seis tipos de
crédito oferecidos para consumidores: comércio, cartão de crédito
e cheque especial, que tiveram
queda no mês passado, e crédito
direto ao consumidor (CDC), empréstimo de bancos e empréstimo
de financeiras, que aumentaram
no mesmo período.
De janeiro para fevereiro, houve
queda na taxa média de juros para
pessoas físicas, e de janeiro para
dezembro, alta.
A Anefac realiza o levantamento por meio de pesquisas em
anúncios divulgados pela mídia a
cada mês e levantamento com 60
bancos e financeiras.
Segundo Miguel de Oliveira,
economista e presidente da entidade, o juro cobrado pelo comércio caiu (de 103,51% ao ano para
102,13%) por conta da disputa do
varejo pelo consumidor. "A renda
continua em queda, portanto a
única alternativa para o consumidor é buscar crédito. Para competir, o varejo baixou as taxas."
Para o economista, o mesmo fator que determinou a queda das
taxas do comércio -a renda em
baixa e maior procura por crédito- pode ter determinado o aumento das taxas de empréstimo
pessoal em bancos (de 98,05% ao
ano para 99,4% ao ano) e financeiras (de 286,27% para 287,52%).
"Como a demanda por crédito
está maior, os bancos e financeiras possivelmente aumentaram
taxas", afirma Oliveira.
A renda real média dos ocupados na região metropolitana de
São Paulo teve, em janeiro, queda
de 1,1% em relação a dezembro do
ano passado: passou de R$ 998
para R$ 987, segundo a última
pesquisa Seade/Dieese.
Quem pegou um empréstimo
de R$ 1.000 em bancos em fevereiro para pagar em 12 vezes arcou
com parcelas de R$ 118,36, ou seja,
um total de R$ 1.420,32.
No mês passado, o preço de cada parcela subiu para R$ 118,75,
ou seja, um total de R$ 1.425, menos de R$ 5 de diferença. No caso
de um empréstimo de R$ 500 em
uma financeira, também para dividir em 12 vezes, o preço de uma
parcela ficou em R$ 80,53.
Ou seja, ao final de um ano o tomador de crédito pagou R$
966,36, quase o dobro do empréstimo inicial. Em fevereiro, ele pagaria R$ 965,04.
Empresa paga menos
Na contramão da taxa média
para pessoas físicas, a taxa para
pessoas jurídicas teve queda. Os
juros para capital de giro e conta
garantida foram os que aumentaram. Desconto de duplicatas e de
cheque tiveram queda.
Os juros cobrados por bancos
de empresas e consumidores não
são determinados apenas pelas
variações na taxa básica de juros,
hoje em 16,25% ao ano.
Para chegar às taxas cobradas
na ponta, as instituições financeiras levam em conta fatores como
nível de inadimplência, gastos
com despesas administrativas e
impostos, entre outros.
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